domingo, 25 de julho de 2010

Castor


Castor é uma espécie de roedores semi-aquáticos, da família Castoridae, nativo da América do Norte e da Europa, sendo o único existente dessa família. Existiu também o castor-de-kellogg (C. californicus), que já está extinto. Habitam exclusivamente no Hemisfério Norte, excepto alguns castores americanos, que chegaram à região sul-americana introduzidos artificialmente. Não contando com estas excepções ocastor canadensis habita unicamente a América do Norte, e o Castor fiber em regiões da Europa e da Ásia. O extinto Castor californicus estendia-se pelo que hoje em dia é, o oeste dos Estados Unidos.
As espécies vivas são muito similares entre si, mas investigações genéticas demonstraram que as populações europeias e norte-americanas são dois tipos espécies, sendo a principal distinção entre elas o diferente número de cromossomas.
São conhecidos pela sua habilidade natural para construir diques em rios e riachos que são as suas casas (chamadas tocas) criando assim represas que bloqueiam a corrente de água. Para a construção destas estruturas utilizam principalmente troncos de árvores, que derrubam com seus poderosos dentes incisivos! Apesar da grande quantidade de árvores que devastam, os castores não costumam prejudicar o ecossistema em que vivem: pelo contrário, mantêm-no saudável, pois seus diques trazem-nos uma grande quantidade de benefícios; entre outras coisas, estas barreiras ajudam na criação de zonas húmidas, ajudam a controlar inundações e eliminam contaminantes da corrente. Porém, em ecossistemas estranhos para eles, estas modificações ao ambiente podem ser prejudiciais, como aconteceu, por exemplo, com os castores introduzidos na Terra do Fogo e nas comunidades espanholas de Navarra e La Rioja.
Os castores são essencialmente aquáticos em suas actividades, e nunca viajam por terra a não ser que seja necessário. São animais sociáveis, e muitas vezes chegam a formar grupos ou colónias de até doze castores, compostas por um casal e seus filhotes. As famílias pequenas podem viver numa toca sozinha, mas as maiores podem precisar de refúgios adicionais. Quanto maior o isolamento do lugar onde vivem e a abundância de alimentos, maior será a população de castores.
Vivem em correntes para conseguirem água com profundidade suficiente, constroem diques com lodo e com os troncos e ramos das árvores. Geralmente escolhem correntes cuja profundidade tenha mais de um metro para iniciar seus trabalhos. No estanque criado constroem as suas tocas. Durante a construção, o lodo ou barro é colocado com as patas dianteiras e não, como se costuma crer, com a cauda, a qual é empregada unicamente como remo quando nadam e para se manter em pé quando se apoiam em suas patas traseiras. Para a construção dos diques, que quase sempre os fazem pela noite, os castores transportam o lodo e as pedras com suas extremidades dianteiras e a madeira entre seus dentes. Ao nadar, impulsionam-se com suas extremidades posteriores, que sempre permanecem submergidas, deixando fora da água unicamente sua cabeça, para poder respirar e ver. Apesar de serem bem mais hábeis nadando, quando se deslocam por terra, não costumam atingir grandes velocidades; geralmente não superam os 10 km/h. Durante a primavera e o verão encarregam-se de reunir as reservas de madeira que lhes servirão para se alimentar durante sua hibernação. Continuam à procura de alimentos até o final do Outono.
Têm uma dieta estritamente herbívora.
São monógamos ainda que se sua parceira morre, podem conseguir outra—A sua monogamia deve-se principalmente porque, para o correcto cuidado das crias, é necessário que ambos os pais colaborem, já que um só não seria capaz das cuidar. Portanto, devem permanecer unidos o tempo todo para que a reprodução tenha sucesso.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lontra


A lontra é um animal mamífero da sub-família Lutrinae, que pertence à ordem carnívora e à família dos mustelídeos. Este animal pode ser encontrado por toda Europa, Ásia, África, a parte sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina. O seu habitat é no litoral ou próximo aos rios onde procura alimentos como peixes, crustáceos, répteis e menos frequentemente aves e pequenos mamíferos.
Tem habitualmente hábitos nocturnos, dormindo de dia na margem do rio e acordando de noite para buscar alimento. Os grupos sociais são formados pelas fêmeas e os seus filhos, embora os machos não vivem em grupos, só se juntando a uma fêmea na época de acasalamento. O período de gestação da lontra é de cerca de 2 meses e no fim podem nascer 1 a 5 filhotes. Ao fim de dez semanas abandonam o ninho, e “desligam-se” completamente da família na Primavera seguinte.
A lontra adulta mede de 55 a 120 centímetros de comprimento (incluindo a cauda) e pode pesar até 35 quilos. Embora sua carne não seja comercializada em larga escala, faz parte da lista de animais ameaçados de extinção principalmente pelo alto valor da sua pele.
O pêlo é de cor castanho-escuro em quase todo o corpo, à excepção da região do ventre, que é mais clara. Possui por vezes uma mancha clara (creme ou mesmo branca), por debaixo do queixo e que se pode estender até à garganta. Possui uma pelagem com duas camadas, uma externa e impermeável e outra interna usada para o isolamento térmico. O corpo é hidrodinâmico, preparado para nadar em alta velocidade.
Embora seja um animal carnívoro e normalmente selvagem, a lontra é dócil e gosta de brincar com as pessoas, e muitas vezes é possível domesticá-la.
É capaz de assobiar, chiar e guinchar! Pode ficar submersa durante 6 minutos e ao nadar pode alcançar a velocidade de 12 km/h.
Tem olhos pequenos e vivos rodeados por duas pequenas orelhas, tem pêlos longos no focinho que são sensoriais - as vibrissas. A cauda é longa, espessa sendo achatada na base e a afunilar suavemente até à ponta, é o principal órgão propulsor quando se movimenta dentro de água, servindo também de leme. As patas são curtas, com cinco dedos unidos por uma membrana interdigital, o que faz com que tenha uma natação rápida.
Vive aproximadamente 20 anos.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Louva-a-deus


O louva-a-deus ou cavalinho-de-deus é um insecto da ordem Mantodea. Há cerca de 2400 espécies de louva-a-deus, a maioria deles em ambientes tropicais e subtropicais. Este curioso nome popular vem do facto de que, quando está pousado, as patas do insecto ficam numa posição parecendo que está a rezar.
O louva-a-deus são insectos um pouco grandes comparados com outros, de cabeça triangular, tórax estreito com abdómen bem desenvolvido. São predadores agressivos que caçam principalmente moscas e ofídios. A caça é feita em geral de emboscada, facilitada pelas capacidades de camuflagem do louva-a-deus. Como não possuem veneno, contam com as suas pernas anteriores que são modificadas como garras, para segurar a presa enquanto é consumida. A sua voracidade leva a que sejam considerados muito bem-vindos pelos amantes da jardinagem e agricultura biológica, uma vez que, na ausência de pesticidas, são um factor importante no controlo de pragas de jardim.
O seu voo é algo impressionante, comparável com o voo de um caça de combate. Também tem a capacidade de desviar de ataques de morcegos em pleno voo executando mergulhos.
É um animal muito venerado na China, tendo inclusive estilos de Kung Fu baseados nos seus movimentos.
O ritual de acasalamento decorre por volta do Outono, é uma época de perigo para os machos da espécie, uma vez que a fêmea muitas vezes acaba por os matar e comer durante ou depois do acto. Depois do facto consumado, a fêmea põe entre 10 e 400 ovos numa cápsula endurecida que deposita no chão, superfície plana, ou enrolada numa folha. Em algumas espécies, a fêmea permanece perto da cápsula e a protege contra os predadores, em particular algumas espécies de vespa. Após a eclosão, o louva-a-deus nasce como ninfa, que é em tudo igual ao adulto excepto no tamanho menor e na ausência de asas e de órgãos reprodutores maduros.