domingo, 29 de novembro de 2009

Okapi



O okapi (Okapia johnstoni) é uma das duas espécies remanescentes da família Giraffidae, sendo a outra a girafa. É nativo das florestas húmidas do nordeste da República Democrática do Congo, e era conhecido só pelos habitantes locais até 1901. Esta obscuridade levou a Sociedade de Criptozoologia a adoptá-lo como seu emblema.
Estes animais têm o corpo escuro, com riscas brancas bem visíveis nas patas. A forma do corpo é semelhante à da girafa, embora o pescoço seja muito mais curto. Ambas as espécies possuem línguas muito longas (aproximadamente 30 centímetros de comprimento), azuis e flexíveis, que usam para retirar folhas e rebentos das árvores maiores a que não conseguem chegar com o pescoço. A língua do okapi é tão longa que lhe permite lavar as pálpebras e limpar as orelhas com ela; juntamente com a girafa, são os únicos mamíferos que conseguem lamber as próprias orelhas. Os ocapis machos possuem pequenos chifres cobertos de pele.
Eles têm um comprimento de 2 a 2,5 metros, e uma altura de 1.5 a 2 metros nas espáduas. O seu peso varia entre 200 e 250 quilos.
Além de folhas e rebentos, comem relva, samambaias, frutas, e fungos.
São animais essencialmente diurnos e solitários, juntando-se apenas para acasalar. Dão à luz apenas uma cria de cada vez, que pesa cerca de 16 kg, após um período de gestação de 421 a 457 dias. As crias são amamentadas durante até dez meses, atingindo a maturidade entre os 4 e os 5 anos de idade.
Não estão classificados como espécie em perigo de extinção, mas são ameaçados pela destruição do seu habitat e pela caça furtiva. O trabalho de protecção no Congo inclui a continuação do estudo do comportamento do okapi, e levou à criação em 1992 da Reserva de fauna dos okapis. A Guerra Civil do Congo ameaçou tanto a vida selvagem como os trabalhadores da reserva.
Seu nome deriva do som que produz. O epíteto da espécie (johnstoni) é uma forma de reconhecimento do explorador britânico Sir Harry Johnston, que organizou a expedição à Floresta de Ituri que pela primeira vez capturou um okapi para fins científicos. Primeiramente foi classificado como uma espécie de equídeo selvagem, recebendo o nome de Equus johnstoni.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ligre e Tigon



Ligre
O Ligre, também conhecido pelo seu nome em inglês, liger (lê-se láiguer), é um híbrido entre um leão e uma tigresa. Daí vem o seu nome: ligre =leão + tigre (liger= lion + tiger).
Os machos deste animal são híbridos estéreis, pois o número de cromossomas do leão e do tigre são pares, mas diferentes. Assim o ligre tem um número ímpar de cromossomas graças ao processo da meiose que ocorre na formação dos gâmetas femininos e masculinos (óvulos e espermatozóides, respectivamente), podem se acasalar com outro animal com características parecidas, como o próprio tigre ou leão puros, mas seus filhotes podem ter a saúde delicada.
Apresenta aspecto de um gigantesco leão com raias de tigre difusas. É actualmente, o maior felino do mundo, possuindo entre 3,5 e 4 metros de comprimento! Com apenas três anos pode pesar meia tonelada.
Ligres têm a capacidade de nadar tal como os tigres, e podem correr a uma velocidade de aproximadamente 100 quilómetros/H.
Pensa-se que o seu tamanho enorme se deve à ausência de genes que condicionem a produção de inibidores do crescimento. Isso porque nos leões essa é uma herança materna, e nos tigres é paterna, portanto os ligres não recebem esses genes.
O cruzamento entre leões e tigres só ocorre por acção do homem. Além de os hábitos de ambas as espécies serem muito diferentes, elas geralmente não compartilham os mesmos territórios, de maneira que há poucas possibilidades de se encontrarem para formar este estranho cruzamento. Na actualidade esses animais só existem na natureza no bosque de Gir, na Índia. Antigamente porém, leões e tigres existiram na Mesopotâmia, Cáucaso, Pérsia, Afeganistão.


TigonPodem exibir características de ambos os pais: ter pintas da mãe (leões têm o gene das pintas – as crias leão são pintadas) e riscas do pai.
A juba do tigon é mais curta e discreta que a do leão e mais semelhante ao tufo do tigre. É um erro pensar que os tigons são menores que leões ou tigres. Não ultrapassam o tamanho dos seus progenitores porque herdam o gene que impede o crescimento da mãe leoa e do pai tigre mas não apresentam nenhum tipo de nanismo ou miniaturização; muito frequentemente pesam aproximadamente 180 kg.
A relativa raridade de Tigons é atribuída ao fato dos tigres machos acharem o comportamento de acasalamento da leoa demasiado subtil e escapam-lhes algumas pistas sobre o interesse dela em acasalar.
Na obra Wild Cats Of The World (1975), Guggisberg escreveu que tanto ligres como tigons eram estéreis; no entanto, em 1943, um híbrido de leão com tigre das “Ilhas” com 15 anos de idade foi cruzado com sucesso com um leão do Hellabrunn Zoo de Munique. A cria fêmea, ainda que de delicada saúde, sobreviveu até à idade adulta. Os tigons machos são estéreis, enquanto as fêmeas são férteis. No Alipore Zoo, na Índia, uma tigon fêmea chamada Rudhrani, nascida em 1971, foi cruzada com sucesso com um leão asiático chamado Debabrata. A rara segunda geração de híbridos foi designada li-tigon. Rudhrani gerou 7 li-tigons durante a sua vida. Alguns dos quais atingiram tamanhos verdadeiramente surpreendentes – um li-tigon chamado Cubanacan (morreu em 1991) pesava 363 kg, media de altura 1.32m até ao ombro e tinha 3.5 m de comprimento total.
Também há registo de ti-tigon, resultante de cruzamento entre uma tigon fêmea e um tigre macho. Ti-tigons são parecidos com o tigre dourado mas com menos contraste nas suas riscas. Uma fêmea tigon nascida em 1978, chamada Noelle, partilhou cativeiro na Reserva de Shambala com um Tigre Siberiano macho, chamado Anton, devido à crença do tratador de que a fêmea era estéril. Em 1983, Noelle teve um ti-tigon chamado Nathaniel. Como Nathaniel era ¾ tigre, tinha riscas mais escuras que a progenitora e vocalizava sons mais similares aos do tigre do que a mistura de sons emitidos pela mãe. Sendo apenas ¼ leão, Nathaniel não tinha juba. Nathaniel morreu com cancro aos 8 ou 9 anos. Noelle também ficou doente com cancro e morreu pouco depois.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Depois do H1N1 aqui está o Canguru


Canguru é o nome genérico dado a um mamífero marsupial pertencente a quatro espécies do género Macropus da família Macropodidae, que também inclui os wallabees. As características incluem patas traseiras muito desenvolvidas e a presença de uma bolsa (o marsúpio) presente apenas nas fêmeas na qual o filhote completa seu desenvolvimento. É o animal-símbolo da Austrália.
O seu habitat situa-se em planícies e a sua alimentação baseia-se em vegetais e frutas. O pêlo do canguru é, geralmente, espesso. Crescem durante toda a vida. A sua cauda mede de 0,70 cm a 1,40 m. A maior parte dos cangurus têm orelhas grandes e cabeça pequena. Quando jovem permanece com a mãe, subindo na sua bolsa para se alimentar e ficar seguro, até que tenha mais que um ano de idade. Vivem na Austrália continental, pesam cerca de 500 g a 90 kg, medindo cerca de 80 cm a 1,60 metros. A sua gravidez (gestação) demora de 30 a 40 dias, dando à luz apenas um filhote de cada vez., que nascem imaturos. O seu desenvolvimento é no interior de uma bolsa na barriga da sua mãe que se chama marsúpio. Ali, o filhote mama e protege-se.
Qualquer marsupial selvagem é cuidadoso com os humanos. No entanto, durante a seca, são obrigados a partir para áreas povoadas em busca de comida. Quando os humanos se aproximam, eles podem sentir-se ameaçados e defendem-se. Embora seja um animal simpático, um canguro bravo é capaz de matar um humano. Porém isso não se pode considerar um ataque, é meramente uma reacção instintiva de defesa, pois nós humanos somos seus maiores predadores.
Alguns dos maiores cangurus, como o canguru vermelho macho, Macropus rufus, podem medir 1,4 metro da cabeça aos pés. Nesta altura, eles podem derrotar um humano com facilidade. As fêmeas do canguru possuem a metade do tamanho dos machos, aproximadamente.
Os cangurus vermelhos preferem planícies abertas, enquanto as espécies cinzas preferem florestas densas. A principal diferença entre eles é a cor. Os cangurus das árvores possuem patas frontais mais fortes e resistentes que seus parentes. Eles podem ser encontrados nas florestas montanhosas do norte de Queensland. Os cangurus não costumam ficar mais de 15 km longe da água.
O número de cangurus é cuidadosamente monitorado na Austrália: existe um equilíbrio entre a necessidade de conservar estas espécies e as demandas dos proprietários de terras. Se houver escassez de comida, o gado poderia passar fome, pois os cangurus se movem com mais facilidade e podendo escolher o melhor alimento.
O canguru-vermelho é o maior marsupial do mundo. As fêmeas da espécie dão a luz apenas a um bebe por vez, que nasce tão pequeno quanto uma cereja ou um chiclete, assim que o filhote nasce, ele vai directo para a bolsa da mãe e não emerge, por volta de 2 meses e finalmente saem da bolsa quando completam mais ou menos 1 ano de idade.
Cangurus vermelhos pulam usando suas fortes pernas em uma grande velocidade. Um canguru vermelho pode alcançar 56Km/h. Cada salto pode cobrir até 8 metros de distância em uma altura de 1,8 metros, são criaturas realmente incríveis e fofas. As fêmeas dos cangurus vermelhos são mais leves e mais rápidas do que os machos.
Os machos da espécie lutam entre si para ter o direito de acasalar com uma fêmea em potencial, eles podem ficar em pé sobre seus rabos e chutar seu inimigo com suas pernas poderosas, também podem morder ou arranhar com suas garras afiadas, as quais eles também usam em lutas contra predadores como o dingo.