quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tarântula


A tarântula ou caranguejeira é uma aranha da família Theraphosidae com características muito próprias como patas longas com duas garras na ponta, e corpo revestido de pelos. Habitam as regiões temperadas e tropicais das Américas, África, Ásia e Médio Oriente.
Ainda na fase de crescimento, ocorre a de troca de pele chamada ecdise. Apesar do tamanho e aspecto sinistro, não são perigosas para a espécie humana, uma vez que não produzem toxinas nocivas aos humanos, por isso são eventualmente criadas como animais de estimação. Uma das suas defesas são os pêlos urticantes das costas e abdômen, que irritam a pele do possível predador.
Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas estendidas, mas existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi) da América do Sul!
Apresentam um ciclo de vida longo, levando cerca de 2 a 5 anos para atingir a maturidade sexual. Os machos morrem normalmente após o acasalamento, alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se tornarem adultas, as tarântulas têm de comer diariamente, excepto no período de sua troca de pele, quando há um jejum de dez dias antes e de sete dias depois. Quando já são adultas conseguem passar longos períodos sem comer. Foram registados casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos!
São animais solitários e noctívagos. Alimentam-se de pequenos animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores ou anfíbios! Todas as espécies de tarântulas são canibais.
A maioria delas não se afasta de sua toca, nem mesmo para se alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. Normalmente é o macho que faz as viagens mais longas para encontrar as fêmeas.
As tocas são normalmente subterrâneas, geralmente aproveitadas de outras aranhas ou roedores. São forradas com sua teia formando uma seda, o que arrefece o esconderijo.
Existem espécies de tarântulas que também são arbóreas — não necessitam ir ao solo durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas árvores.
A maioria das espécies de aranhas não faz ecdise depois do estágio adulto, mas as tarântulas fêmeas fazem-o ao longo de toda vida. Dessa forma, elas conseguem regenerar membros perdidos ou danificados.
O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no acto sexual. Normalmente o macho foge logo após o acto, antes que a fêmea recubra seu apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam em cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar do tamanho de um limão. Os filhotes nascem já com um bom tamanho. Após o nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo na toca epouco de pois saem para explorar o novo mundo.

sábado, 6 de novembro de 2010

A avestruz


A avestruz é uma ave não voadora, originária da África, com o nome científico “Struthio Camelus” e são consideradas a maior espécie viva de Aves.
Possuem dimorfismo sexual que só é visível a partir de um ano e meio de idade (ou seja distingue-se o macho da fêmea): o macho tem plumagem preta e as pontas das asas são brancas, enquanto a fêmea é cinza.
Pesam normalmente entre 90 a 130 kg, embora tenha sido encontrados alguns machos com pesos de 155 kg. Na maturidade sexual (entre 2 e 4 anos de idade), avestruzes machos podem possuir de 1,8 m a 2,7 m de altura, enquanto as fêmeas alcançam de 1,7 m a 2 m. Durante o primeiro ano de vida crescem cerca de 25 cm por mês! A sua expectativa de vida é dos 50 aos 70 anos.
As penas são macias, servindo como isolante térmico e são bastante diferentes das penas rígidas de pássaros voadores. É a única ave que possui apenas 2 dedos em cada pata.
Comem ervas, folhagem de árvores, arbustos e pequenos vertebrados e invertebrados que consiga capturar.
Podem atingir uma velocidade impressionante, permitindo atingir 80 km/h com vento favorável!
Vivem em grupos de 5 a 50 aves que frequentemente viajam juntos com animais ruminantes, tais como zebras e antílopes. Percorrem longas distâncias à procura de sementes e outros produtos vegetais (que consequentemente faz com que sejam seminómadas); ocasionalmente também comem animais como gafanhotos. Como não possuem dentes, engolem pedrinhas que ajudam a esmagar os alimentos engolidos no papo. Podem ficar sem água por muito tempo, vivendo exclusivamente da humidade das plantas consumidas.
Gostam de água e tomam banhos frequentemente.
São muito resistentes contra as doenças, e têm uma óptima capacidade de adaptação.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lobo Ibérico

Aproveito desde já para informar que como a escola começou vou ter menos tempo para vir aqui.
O lobo-ibérico (Canis lupus signatus) é uma subespécie do lobo-cinzento que habita na Península Ibérica. A sua população actual deve rondar os 2000 indivíduos, dos quais cerca de 300 habitam a região norte de Portugal. A subespécie foi descrita pelo cientista espanhol Ángel Cabrera em 1907.
Um pouco menor e esguio que as outras subespécies do lobo-cinzento, os lobos-ibéricos machos medem entre 130 a 180 cm de comprimento, enquanto as fêmeas medem de 130 a 160 cm. A altura pode chegar aos 70 cm. Os machos adultos pesam geralmente entre 30 a 40 kg e as fêmeas entre 20 a 35 kg.
A cabeça é grande, com orelhas triangulares relativamente pequenas e olhos oblíquos de cor amarelada. O focinho tem uma área clara, de cor branco-sujo, ao redor da boca. A pelagem vai do castanho amarelado ao acinzentado mesclado ao negro, particularmente sobre o dorso.
A época do acasalamento é no final do inverno e princípio da primavera (Fevereiro a Março). Após um período de gestação de 2 meses nascem entre 3 e 8 crias (lobachos), cegas e indefesas. As crias são alimentadas com comida trazida pelo resto da alcateia.
Por volta de Outubro as crias abandonam a área de criação e passam a acompanhar a alcateia nas suas deslocações. Os jovens lobos alcançam a maturidade sexual aos 2 anos de idade. Aos 10 anos já são considerados velhos, mas em cativeiro chegam a viver 17 anos!
Sua alimentação é muito diferenciada, dependendo da existência ou não de presas selvagens e de vários tipos de pastoreio em cada região. A vida em alcateia permite ao lobo caçar animais bastante maiores que ele próprio.
As suas principais presas são o javali, o corço e o veado, e as presas domésticas mais comuns são a ovelha, a cabra, a galinha, o cavalo e a vaca. Ocasionalmente também mata e come cães e aproveita cadáveres que encontra, isto é, sempre que pode é necrófago.
O lobo-ibérico vive em alcateia de forte organização hierárquica. O número de animais numa alcateia varia entre os 3 a 10 indivíduos e está composta por um casal reprodutor (casal alfa), um ou mais indivíduos adultos ou sub-adultos e as crias do ano. A alcateia caça e defende o território em grupo.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Serra do Açor- Fauna



Afinal consegui "apanhar" internet por isso fiz um poste sobre a principal fauna do meu local de férias (Serra do Açor), espero que gostem.

Gineta

A Gineta ou Gineta-europeia (Genetta genetta) é uma das espécies que podem ser encontradas actualmente na Europa, está presente em Espanha, Portugal, França e parece querer alargar o “território” para norte e leste no continente. É também encontrada no Médio Oriente e em todo o continente africano, com excepção das zonas desérticas.

Muitos acham que a sua presença na Europa seja recente e que tenha sido introduzida pelo homem de forma provavelmente involuntária, como animal de estimação que se veio num barco que tenha cruzado o Estreito de Gibraltar. Alguns “autores” apontam que a palavra «gineta» poderia proceder da palavra de origem árabe jinete (zenete), pois os muçulmanos que combatiam a cavalo durante a Reconquista adornavam a sua sela com peles deste animal! Supõe-se que os romanos tinham ginetas como animais de estimação, antes de os gatos domésticos serem importados do Egipto.

Pelo seu aspecto exterior, a gineta assemelha-se a um gato grande de pelo amarelado salpicado de manchas negras no corpo e faixas transversais na cauda, que tem o pelo mais longo. O corpo pode chegar aos 55-60 centímetros, comprimento. A altura na cernelha é de 20 centímetros, e o peso oscila entre 1,2 e 2,5 kilogramas.

São predadores nocturnos que vivem e caçam de forma solitária, ainda que tolerem a presença de outros indivíduos da mesma espécie na suas área. Por vezes, as fêmeas colaboram na caça com as suas crias ou com algum macho. Alimentam-se de insectos, mamíferos pequenos, lagartos e aves; às vezes ingerem também frutos, em especial figos. As fêmeas têm 2 ou 3 crias por ninhada numa concavidade de uma árvore, e atingem a maioridade com um ano de idade. Em liberdade vivem cerca de 10 anos, mas em cativeiro chegam aos 20. Não existem autênticos predadores, ainda que por vezes possam ser caçadas por algumas aves de rapina. No norte de África são frequentemente domesticadas nas zonas rurais, onde, tal como os gatos, livram as casas de pequenos animais.

Vivem tanto em bosques como em campo aberto, e trepam bastante bem. Adaptam-se com facilidade a todos os tipos de meios graças à sua reduzida especialização. As povoações europeias parecem estar a desenvolver uma cada vez maior resistência ao frio.


Javali


O javali (do árabe djabali, significado-porco montanhês) ou javardo (Sus scrofa), é da da família Suidae de médio porte e corpo robusto. É a mais conhecida e a principal das espécies de porcos selvagens.

Tem uma grande distribuição geográfica, sendo nativo da Europa, Ásia e Norte da África. Em tempos recentes foi introduzido nas Américas e na Oceânia.

É o antepassado a partir do qual evoluiu o actual porco doméstico.
São animais de grandes dimensões, os machos pesam entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg. Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma altura de 100 cm. Os machos são consideravelmente maiores que as fêmeas, além de terem dentem caninos maiores. Na Europa, os animais do norte tendem a ser mais pesados que os do sul!

Os javalis preferem viver em bosques com bastante vegetação onde possam esconder-se. Também frequentam à noite áreas abertas, assim como áreas cultivadas.

O javali passa grande parte do dia “fossando” a terra em busca de comida. É um animal omnívoro, que prefere comer matéria vegetal; como raízes, frutos, bolotas, castanhas e sementes. Também invadem terras cultivadas, especialmente campos de batata e milho.
Os javalis também incluem animais em sua dieta, como caracóis, minhocas, insectos, ovos de aves e até pequenos mamíferos, mas por vezes também consomem animais mortos.

O javali é de comportamento sociável, mas não é territorialista, ou seja, não marca territórios. Reúne-se em grupos matriarcais, normalmente com três a cinco animais, formados pelas fêmeas e suas crias, embora possam ser encontrados grupos superiores a vinte indivíduos. A javalina (ou gironda - a fêmea do javali, quando já madura) dominante é a de maior idade e tamanho e sempre fica um pouco mais afastada do grupo como uma Guarda, que normalmente dá sua vida para que o restante fuja. Os jovens machos de um ano, chamados barrascos, vivem na periferia do grupo.

Exceptuando-se o período de cio, os machos em idade reprodutora (barrões, varrões) são bem mais solitários, mas podem ser vistos acompanhados por um ou mais machos jovens, conhecidos por escudeiros.

O javali, durante o dia, é normalmente sedentário e descansa em tocas (malhadas), onde faz seu encame (a "cama" do javali chama-se mancha). Durante as noites é bastante activo, chegando a percorrer distâncias consideráveis, que podem variar de 2 a 14 km por noite, normalmente ao passo cruzado ou ao trote ligeiro, enquanto nas corridas pode praticar um rápido galope que, no entanto, pode manter por curto período.

Os banhos na lama têm várias funções para os javalis. Uma função é regular a temperatura corporal, uma vez que os javalis não suam por terem glândulas sudoríparas atrofiadas. De igual modo se considera que os banhos de lama têm importante papel nas relações sociais da espécie.

Nota: O grunhido do javali chama-se arruar.





Açor


O açor (Accipiter gentilis), do latim acceptore, significando que voa rapidamente, é uma ave de rapina da família Accipitridae. Habita um pouco por toda a Europa, desde a costa ocidental até à Turquia, aparecendo ainda com alguma frequência no norte de África, em Marrocos.
É a ave que aparece na bandeira dos Açores. O arquipélago dos Açores deve o seu nome ao açor, porque quando os descobridores do arquipélago lá chegaram pensaram ver açores. Mais tarde, concluiriam que as aves eram, afinal, milhafres.

É uma ave de rapina diurna, parecida com o falcão, com um comprimento de aproximadamente 50 cm e a sua envergadura atinge os 115 cm., cor preta e ventre branco com manchas pretas; asas e bico pretos, cauda cinzenta, manchada de branco e pernas amareladas.

A espécie americana, A. atricapillus, mede cerca de 60 cm de comprimento. Estas intrépidas aves, notáveis pelos seus habilidosos voos com que seguem todos os movimentos das suas presas, constituem, juntamente com o gavião, os mais implacáveis inimigos dos passarinhos (pombos, rolas ou estorninhos que apanha no ar, em pleno voo!)

Os ninhos desta espécie são feitos em cima de árvores altas, que permitam uma certa segurança, normalmente a fêmea põe entre 2 e 4 ovos.



Lagarto da água

Lagarto de tamanho médio e de aspecto robusto, que pode atingir 125 mm de comprimento cabeça-corpo. Possui uma longa cauda que pode medir até duas vezes o tamanho do corpo. As escamas dorsais têm aspecto arredondado a oval. Apresenta tons esverdeados e amarelados com um ponteado negro um pouco denso e uniforme, a tons acastanhados com grandes manchas escuras. O ventre é amarelado, podendo apresentar na zona da garganta tonalidades azuis durante a época de reprodução, e esbranquiçadas no resto do ano.

Aparecem em zonas relativamente húmidas, encontrando-se associado a habitats próximos de cursos de água com uma densa zona de vegetal denso. Habita preferencialmente os vales agrícolas, típicos das áreas montanhosas do norte do país.

A actividade reprodutora decorre entre a Primavera e meados do Verão. Os acasalamentos podem observar-se desde Abril até Julho e as posturas são efectuadas em locais expostos e desprovidos de vegetação, geralmente entre Maio e Julho. O tamanho da postura varia entre 6-17 ovos, estando, em geral, dependente do comprimento das fêmeas. A eclosão ocorre após cerca de 2-3 meses de incubação. A maturidade sexual é atingida com um comprimento cabeça-corpo de 86-90 mm e com idades compreendidas entre os 3-4 anos de idade.
O lagarto de água mais velho que foi encontrado até hoje tinha 8 anos.

A sua alimentação é baseada em pequenos invertebrados, em especial moscas, mosquitos, gafanhotos e escaravelhos. Por vezes pode incluir também frutos silvestres.

domingo, 15 de agosto de 2010

Férias

Hoje dia 15 vou de férias e não vou conseguir meter nada no blog durante 3 a 4 semanas,

Boas férias se for esse o caso

Gnu


O gnu também conhecido como boi cavalo, habita uma grande região que vai da zona central do continente africano até ao extremo sul do mesmo.

É um dos animais melhores sucedidos da savana africana. Existem às centenas de milhar, espalhados por vários países, e nem as guerras, que durante dezenas de anos martirizaram esta zona, conseguiram pôr em risco a sua sobrevivência.
Os gnus são herbívoros e vivem em grades manadas, que pastam livremente pela savana. São uma das presas mais apetecíveis para leões, hienas e cães selvagens africanos, mas são também um dos adversários mais temidos por estes predadores. Um coice ou uma cornada podem ser fatais para o predador, é por isso que os leões os respeitam tanto.
Na maioria das vezes os predadores observam uma manada de gnus e escolher os que são mais vulneráveis , para não correrem riscos. Normalmente, escolhem os animais mais velhos, pelas crias, ou por aqueles que estão feridos.
Todos os anos os gnus sentem o apelo da grande viagem pelo Serengueti. Quando chega a altura desse empreendimento, juntam-se às centenas de milhar e, juntamente com as zebras, partem para a grande caminhada mais para norte em busca de água e pastos mais verdes, onde podem comer em quantidade e melhor alimentar as suas crias.
Pelo caminho ficam muitos, alguns, vítimas dos predadores terrestres, outros, vítimas da longa viagem. Ao passar os rios, os crocodilos, avisados pelo troar de milhares de animais em aproximação, estão em alerta, e se os gnus sentem o perigo e evitam saltar para a água, a pressão exercida sobre os animais da frente pelos que estão atrás é enorme e, sem alternativa, têm de avançar. Aí começa o grande banquete anual dos crocodilos, e logo aí morrem centenas de gnus.

Apesar de todas estas baixas, os gnus conseguem manter as suas populações estáveis, dado o sucesso reprodutivo da espécie.
A fêmea gnu tem uma gestação de aproximadamente 260 dias, da qual nasce, por norma, uma única cria. Só muito raramente acontecem partos múltiplos.

Um gnu pode medir 2,50 m, ter 1,50 m de altura e pesar mais de 250 kg. A sua esperança de vida ronda os 20 anos.

domingo, 25 de julho de 2010

Castor


Castor é uma espécie de roedores semi-aquáticos, da família Castoridae, nativo da América do Norte e da Europa, sendo o único existente dessa família. Existiu também o castor-de-kellogg (C. californicus), que já está extinto. Habitam exclusivamente no Hemisfério Norte, excepto alguns castores americanos, que chegaram à região sul-americana introduzidos artificialmente. Não contando com estas excepções ocastor canadensis habita unicamente a América do Norte, e o Castor fiber em regiões da Europa e da Ásia. O extinto Castor californicus estendia-se pelo que hoje em dia é, o oeste dos Estados Unidos.
As espécies vivas são muito similares entre si, mas investigações genéticas demonstraram que as populações europeias e norte-americanas são dois tipos espécies, sendo a principal distinção entre elas o diferente número de cromossomas.
São conhecidos pela sua habilidade natural para construir diques em rios e riachos que são as suas casas (chamadas tocas) criando assim represas que bloqueiam a corrente de água. Para a construção destas estruturas utilizam principalmente troncos de árvores, que derrubam com seus poderosos dentes incisivos! Apesar da grande quantidade de árvores que devastam, os castores não costumam prejudicar o ecossistema em que vivem: pelo contrário, mantêm-no saudável, pois seus diques trazem-nos uma grande quantidade de benefícios; entre outras coisas, estas barreiras ajudam na criação de zonas húmidas, ajudam a controlar inundações e eliminam contaminantes da corrente. Porém, em ecossistemas estranhos para eles, estas modificações ao ambiente podem ser prejudiciais, como aconteceu, por exemplo, com os castores introduzidos na Terra do Fogo e nas comunidades espanholas de Navarra e La Rioja.
Os castores são essencialmente aquáticos em suas actividades, e nunca viajam por terra a não ser que seja necessário. São animais sociáveis, e muitas vezes chegam a formar grupos ou colónias de até doze castores, compostas por um casal e seus filhotes. As famílias pequenas podem viver numa toca sozinha, mas as maiores podem precisar de refúgios adicionais. Quanto maior o isolamento do lugar onde vivem e a abundância de alimentos, maior será a população de castores.
Vivem em correntes para conseguirem água com profundidade suficiente, constroem diques com lodo e com os troncos e ramos das árvores. Geralmente escolhem correntes cuja profundidade tenha mais de um metro para iniciar seus trabalhos. No estanque criado constroem as suas tocas. Durante a construção, o lodo ou barro é colocado com as patas dianteiras e não, como se costuma crer, com a cauda, a qual é empregada unicamente como remo quando nadam e para se manter em pé quando se apoiam em suas patas traseiras. Para a construção dos diques, que quase sempre os fazem pela noite, os castores transportam o lodo e as pedras com suas extremidades dianteiras e a madeira entre seus dentes. Ao nadar, impulsionam-se com suas extremidades posteriores, que sempre permanecem submergidas, deixando fora da água unicamente sua cabeça, para poder respirar e ver. Apesar de serem bem mais hábeis nadando, quando se deslocam por terra, não costumam atingir grandes velocidades; geralmente não superam os 10 km/h. Durante a primavera e o verão encarregam-se de reunir as reservas de madeira que lhes servirão para se alimentar durante sua hibernação. Continuam à procura de alimentos até o final do Outono.
Têm uma dieta estritamente herbívora.
São monógamos ainda que se sua parceira morre, podem conseguir outra—A sua monogamia deve-se principalmente porque, para o correcto cuidado das crias, é necessário que ambos os pais colaborem, já que um só não seria capaz das cuidar. Portanto, devem permanecer unidos o tempo todo para que a reprodução tenha sucesso.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lontra


A lontra é um animal mamífero da sub-família Lutrinae, que pertence à ordem carnívora e à família dos mustelídeos. Este animal pode ser encontrado por toda Europa, Ásia, África, a parte sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina. O seu habitat é no litoral ou próximo aos rios onde procura alimentos como peixes, crustáceos, répteis e menos frequentemente aves e pequenos mamíferos.
Tem habitualmente hábitos nocturnos, dormindo de dia na margem do rio e acordando de noite para buscar alimento. Os grupos sociais são formados pelas fêmeas e os seus filhos, embora os machos não vivem em grupos, só se juntando a uma fêmea na época de acasalamento. O período de gestação da lontra é de cerca de 2 meses e no fim podem nascer 1 a 5 filhotes. Ao fim de dez semanas abandonam o ninho, e “desligam-se” completamente da família na Primavera seguinte.
A lontra adulta mede de 55 a 120 centímetros de comprimento (incluindo a cauda) e pode pesar até 35 quilos. Embora sua carne não seja comercializada em larga escala, faz parte da lista de animais ameaçados de extinção principalmente pelo alto valor da sua pele.
O pêlo é de cor castanho-escuro em quase todo o corpo, à excepção da região do ventre, que é mais clara. Possui por vezes uma mancha clara (creme ou mesmo branca), por debaixo do queixo e que se pode estender até à garganta. Possui uma pelagem com duas camadas, uma externa e impermeável e outra interna usada para o isolamento térmico. O corpo é hidrodinâmico, preparado para nadar em alta velocidade.
Embora seja um animal carnívoro e normalmente selvagem, a lontra é dócil e gosta de brincar com as pessoas, e muitas vezes é possível domesticá-la.
É capaz de assobiar, chiar e guinchar! Pode ficar submersa durante 6 minutos e ao nadar pode alcançar a velocidade de 12 km/h.
Tem olhos pequenos e vivos rodeados por duas pequenas orelhas, tem pêlos longos no focinho que são sensoriais - as vibrissas. A cauda é longa, espessa sendo achatada na base e a afunilar suavemente até à ponta, é o principal órgão propulsor quando se movimenta dentro de água, servindo também de leme. As patas são curtas, com cinco dedos unidos por uma membrana interdigital, o que faz com que tenha uma natação rápida.
Vive aproximadamente 20 anos.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Louva-a-deus


O louva-a-deus ou cavalinho-de-deus é um insecto da ordem Mantodea. Há cerca de 2400 espécies de louva-a-deus, a maioria deles em ambientes tropicais e subtropicais. Este curioso nome popular vem do facto de que, quando está pousado, as patas do insecto ficam numa posição parecendo que está a rezar.
O louva-a-deus são insectos um pouco grandes comparados com outros, de cabeça triangular, tórax estreito com abdómen bem desenvolvido. São predadores agressivos que caçam principalmente moscas e ofídios. A caça é feita em geral de emboscada, facilitada pelas capacidades de camuflagem do louva-a-deus. Como não possuem veneno, contam com as suas pernas anteriores que são modificadas como garras, para segurar a presa enquanto é consumida. A sua voracidade leva a que sejam considerados muito bem-vindos pelos amantes da jardinagem e agricultura biológica, uma vez que, na ausência de pesticidas, são um factor importante no controlo de pragas de jardim.
O seu voo é algo impressionante, comparável com o voo de um caça de combate. Também tem a capacidade de desviar de ataques de morcegos em pleno voo executando mergulhos.
É um animal muito venerado na China, tendo inclusive estilos de Kung Fu baseados nos seus movimentos.
O ritual de acasalamento decorre por volta do Outono, é uma época de perigo para os machos da espécie, uma vez que a fêmea muitas vezes acaba por os matar e comer durante ou depois do acto. Depois do facto consumado, a fêmea põe entre 10 e 400 ovos numa cápsula endurecida que deposita no chão, superfície plana, ou enrolada numa folha. Em algumas espécies, a fêmea permanece perto da cápsula e a protege contra os predadores, em particular algumas espécies de vespa. Após a eclosão, o louva-a-deus nasce como ninfa, que é em tudo igual ao adulto excepto no tamanho menor e na ausência de asas e de órgãos reprodutores maduros.

domingo, 13 de junho de 2010

Coruja e Mocho



Mocho:




O mocho é uma das mais de 200 espécies de aves de rapina nocturna solitária da ordem dos Strigiformes. Normalmente caçam pequenos mamíferos, insectos e outras aves, ainda que algumas espécies sejam “especialistas” na caça de peixe. Existem em todos os continentes, excepto na Antárctica e a maior parte de Grenlandia, e ainda em algumas ilhas.
Têm visão binocular, os seus olhos estão fixos no seu lugar e têm que girar toda a sua cabeça para ver em outra direcção.
Muitas espécies têm plumas suaves que lhes permitem voar sem fazer ruído, e desta forma ouvir os ruídos ou os zumbidos que se produzem no chão.
Os ovos são brancos e quase esféricos.
Os ninhos são construídos rudimentarmente e podem estar situados em árvores, em tubos, em alpendres e arbustos.



Coruja:

O termo coruja é o nome comum dado às aves estrigiformes, das famílias dos titonídeos e estrigídeos. Estas aves possuem hábitos nocturnos e voo silencioso devido à estrutura das penas. Alimentam-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores), insectos e aranhas. Engolem as refeições por inteiro, para depois vomitarem pelotas com pêlos e fragmentos de ossos. Moram em ninhos que ficam em cima de árvores. Na região do Amazonas, algumas espécies também são chamadas de murutucu.
A superstição popular diz que adivinham a morte com o seu piar e esvoaçar. Julgava-se também que essas aves gostavam de azeite por visitarem as igrejas durante a noite, onde existiam lamparinas de azeite acesas. Na realidade elas procuravam os insectos atraídos pela luz das lamparinas. Os filhotes de corujas podem ser vítimas de outros predadores como o gavião. A coruja é considerada o símbolo da inteligência. Conseguem girar o pescoço 180 graus.
Têm a mesma aparência: cabeça e olhos grandes, bico curvo,
plumagem macia que às vezes chega até os dedos dos pés, rabo curto, garras afiadas e as fêmeas são um pouco maiores que os machos. De olhar profundo e penetrante, as corujas parecem ameaçadoras e, embora inofensivas, são cercadas por lendas e superstições. Alguns acreditam que elas trazem sorte, mas geralmente estão associadas com mau agouro. Brancas, acinzentadas ou avermelhadas, as corujas não têm dimorfismo sexual das cores, ou seja, na mesma espécie tanto machos quanto fêmeas podem ter a mesma cor. O tamanho varia entre 12 e 70 centímetros, e a envergadura das asas pode chegar a quase 2 metros. Caçadoras por excelência, essas valem-se, principalmente, da visão, da audição e da plumagem, três verdadeiros prodígios da evolução. Por serem enormes, os olhos destacam-se e, ao contrário dos olhos humanos, vêm perfeitamente na noite escura, porque têm grande capacidade de dilatar a pupila, captando a maior quantidade de luz possível.
Muitos fotógrafos aproveitam-se disso e usam uma lanterna potente para localizar essas aves, que, sob o facho de luz, ficam com os olhos vermelhos e brilhantes.

sábado, 29 de maio de 2010

Dragão-de-komodo


Dragão-de-komodo ou crocodilo-da-terra (Varanus komodoensis) é uma espécie de lagarto que vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, na Indonésia. Pertence à família de lagartos-monitores Varanidae, e é a maior espécie de lagarto conhecida. Pode atingir 3,50 m de comprimento e 125 kg de peso. O seu tamanho invulgar é atribuído a gigantismo insular, uma vez que não há outros animais carnívoros para preencher o nicho ecológico nas ilhas onde ele vive, e também ao seu baixo metabolismo. Como resultado deste gigantismo, estes lagartos, juntamente com as bactérias simbiontes, dominam o ecossistema onde vivem. Apesar dos dragões-de-komodo comerem principalmente carniça, eles também caçam e fazem emboscadas a presas incluindo invertebrados, aves e mamíferos.
A época de reprodução começa entre Maio e Agosto, e os ovos são postos em Setembro. Cerca de vinte ovos são depositados em ninhos de Megapodiidae abandonados e ficam a incubar durante sete a oito meses, para nascerem em Abril, quando há abundância de insectos. Quando pequenos são vulneráveis e, por isso, abrigam-se em árvores, protegidos de predadores e de adultos canibais. Demoram cerca de três a cinco anos até chegarem à idade de reprodução, e podem viver até aos cinquenta anos. São capazes de se reproduzir por partenogénese, no qual ovos viáveis são postos sem serem fertilizados por machos.
Foram descobertos por cientistas ocidentais em 1910. O seu grande tamanho e reputação feroz fazem deles uma exibição popular em zoológicos. Na natureza, a sua área de distribuição contraiu devida a actividades humanas e estão listadas como espécie vulnerável pela UICN. Estão protegidos pela lei da Indonésia, e um parque nacional, o Parque Nacional de Komodo, foi fundado para ajudar os esforços de protecção.
O dragão-de-komodo é conhecido, pelos habitantes da ilha de Komodo, como ora, buaya darat (crocodilo da terra) ou biawak raksasa (monitor gigante).
São ovíparos, colocando de quinze a trinta e cinco ovos por fêmea, na areia, ao final da estação das chuvas. Os ovos abrem-se depois de seis a oito semanas. Ao nascer, os pequenos dragões têm de 20 a 25 cm de comprimento.
Usa a língua para detectar estímulos de sabor e cheiro, prefere lugares quentes e secos e tipicamente vive em zonas de pasto abertos, savana e floresta tropical em elevações baixas. Sendo um animal ectotérmico, está mais activo durante o dia, apesar de exibir alguma actividade nocturna. São maioritariamente solitários, juntando-se com outros apenas para acasalar e comer. São capazes de correr rapidamente em curtos disparos, até 20 km por hora, mergulhar até 4,5 m e trepar a árvores enquanto novos usando as suas garras.

domingo, 25 de abril de 2010

Burro


O asno (Equus asinus), chamado ainda de burro, jumento, ou jegue, é um mamífero perissodátilo de tamanho médio, focinho e orelhas compridas, utilizado desde tempos pré-históricos como animal de carga.
A sua origem está ligada a Abissínia, onde era conhecido como onagro ou burro selvagem. Há séculos que é feito o cruzamento entre burro e cavalo, de que resulta um híbrido denominado “muar” ou “mu”, com características de ambas as raças: robustez, capacidade de adaptação a caminhos acidentados e a meio ambiente adverso, docilidade; pernas mais longas e, portanto, maior velocidade, maior facilidade de treino.
O macho (ou mulo) é um animal do sexo masculino que resulta do cruzamento de um burro com uma égua, Equus caballus. O animal fêmea resultante do mesmo cruzamento é chamado mula. Entretanto, o cruzamento das mesmas espécies porém invertidos os sexos (portanto cavalo e jumenta), dá origem a um animal diferente, o bardoto. Estes híbridos são quase sempre estéreis devido ao fato do cavalo possuir 64 cromossomos, enquanto que o jumento possui 62, resultando em 63 cromossomos. São raros os casos em que uma mula tenha parido, com efeito, desde 1527, data em que os casos começaram a ser arquivados, apenas 60 casos foram registrados.
Resultantes de cruzamento com zebras podem encontrar-se outros híbridos, conhecidos como zebróides ou zebrasnos.
O burro é, desde tempos remotos, simultaneamente utilizado no meio rural para auxiliar nas tarefas agrícolas e para transporte.
O nome veio do latim burrus, que quer dizer vermelho. Acredita-se que foi daí que surgiu a crença de que burros são pouco inteligentes, pois, antigamente, os dicionários tinham capas vermelhas, dando a ideia de que os burros eram sedentos de saber. Outra história diz que numa moeda antiga tinha a imagem de um rei com uma cabeça enorme que não era esperto, que se associou com a cabeça resistente do burro. Porém, também pode ter surgido da lenda grega do rei Midas, que foi tolo ao ponto de contradizer a irrevogável palavra do deus Apolo, que foi castigado pelo deus, recebendo orelhas de burro.
O traço mais famoso dos burros é o de serem teimosos. Mas, apesar de teimosos, na maioria das vezes, os asnos são mal interpretados pelos donos. Os burros são incapazes de avançar se sentirem em perigo, mesmo que esse perigo seja infundado, não há nada que os demova. Na verdade, os burros são animais inteligentes.Os burros são geralmente animais solitários que não se agrupam em manadas em estado selvagem. Utilizam urros sonoros que podem viajar até 3 km de distância.Como armas de defesa, o asno utiliza o coice, a cabeçada e a mordida.
Os burros são animais com um porte variado, que pode ir desde os 90 até aos 160 cm, dependendo das raças.As orelhas do burro são talvez a sua característica mais popular. São maiores do que as dos cavalos, funcionando como sistema de arrefecimento do corpo, e permitem ouvir sons mais longínquos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Labrador Retriever


Labrador Retriever (Labrador ou em alguns países de lingua inglesa, Lab), é uma das mais conhecidas raças de cão. É conhecido pela sua amabilidade, inteligência e obediência. Devido a estas características, são frequentemente treinados para cães de caça, de assistência, como cães-guia ou de serviço. Esta raça é uma das mais populares em todo o mundo, em especial nos Estados Unidos e Europa.
Óptimo cão de companhia, mas atenção, pois este cão adora estar na presença de humanos e odeia estar sozinho. Não é, de todo, adequado para alguém que esteja fora de casa por longas horas durante o dia.
Os Labradores são cães com bastante energia enquanto filhotes. Isso significa que eles são como crianças, e se são deixados sozinhos com objetos perigosos por perto, irão fazer a sua "arte". Quando adultos, diminuem a actividade física espontânea, mas não perdem o espírito brincalhão e amigo, estando sempre dispostos a mais um passeio com o dono ou mais uma corrida com as crianças.
São muito fáceis de educar, por isso é que muitos deles são vencedores de muitos concursos.
Adoram brincar e gostam muito de água, as crianças são a sua paixão protegendo-as lealmente até ao fim!
Labradores são cães de médio para grande porte. Pelo padrão, as fêmeas devem medir entre 54 e 56cm na cernelha e os machos entre 56 e 57cm. A cernelha é o ponto mais alto do ombro, antes do pescoço. O tamanho é medido desse ponto até o chão. Labradores em boa forma (não gordos) pesam, em média, entre 37 e 42 quilos, dependendo do sexo e da sua genética.
A pelagem é dupla: tem pêlo (mais duro e comprido) e subpêlo (que se vê se abrirem a pelagem. Parece uma lãzinha curta, macia e de cor mais opaca). São encontrados em três cores: amarelos (variando do creme claro ao avermelhado da raposa), chocolates ou pretos. A cor tem que ser homogénea(igual), e uma pequena mancha branca é aceita somente no peito, preferindo-se os inteiros de uma cor. O nariz, contorno dos olhos e lábios dos chocolates são castanhos. Nos amarelos e pretos são pretos. Um nariz um pouco mais claro (não rosa, nem castanho… um preto desbotado) é aceito nos amarelos mais velhos ou durante frio intenso (nariz de inverno). Os olhos nas três cores devem ser castanhos, podendo ser um pouco mais claros (mas ainda castanhos) nos exemplares chocolates. O focinho deve ser médio e forte (largo). Os dentes fecham-se em tesoura (visto de frente, os dentes de cima ficam logo à frente dos debaixo, sem espaços).
O rabo é um outro ponto importantíssimo. Serve de leme nas mudanças de direção enquanto está a nadar. O rabo deve ser largo, relativamente curto (se puxado para baixo deve atingir, no máximo, o jarrete ("calcanhar") e reto. Rabos finos e curvados para cima não serviriam para a atividade original, e por isso, são penalizados nas pistas de exposição.
A primeira vista o Labrador parece insignificante, mas tornou-se mundialmente popular com as suas características únicas. Consegue manter a calma mesmo no maior dos caos, tem uma capacidade de adaptação única e é muito dedicado à família.
Devido ao seu temperamento equilibrado e a sua resistência começaram a ser usados como cães guia para cegos. Sempre disposto a aprender revelou-se também, para descobrir os afogados debaixo de água e arrasta para terra as pessoas em perigo de naufrágio que entram em pânico, após avalanches, terremotos ou outras catástrofes naturais, procuram os soterrados.
Quanto à saúde, Labradores não costumam ter maiores problemas.
Deve-se ter muito cuidado ao adquirir um filhote, ou ao pensar em acasalar o cão que está em sua casa. A displasia coxofemoral (displasia da anca) e a displasia de ombros são duas doenças geneticamente transmissíveis, sem cura e que podem não apresentar sintomas (ou seja, seu cão pode ter e você nem desconfiar).

Eu pessoalmente gosto muito deste animal tenho amigos que têm este cão e ele realmente é muito docil e brincalhão,é uma das minhas raças de cão preferida.

domingo, 21 de março de 2010

O crocodilo-de-água-salgada


O crocodilo-de-água-salgada ou crocodilo-poroso (Crocodylus porosus) é o maior réptil existente na actualidade e pode ser extremamente perigoso para o Homem. A sua distribuição estende-se pelos Oceanos Índico e Pacífico, desde a costa do Vietname às Ilhas Salomão e Filipinas, sendo mais comum no Norte da Austrália e Nova Guiné. Este crocodilo habita rios e estuários, mas, como o nome indica, pode também ser encontrado em zonas costeiras de mar aberto.
Apresentam um forte dimorfismo sexual. Os machos podem medir até 7 metros de comprimento e pesar até 1200 kg, enquanto as fêmeas raramente crescem além dos 2,5 metros! A cabeça é relativamente grande em relação ao corpo e tem duas cristas em torno dos olhos. Enquanto juvenis, são amarelados com riscas e/ou pintas escuras, tornando-se todos escuros em adultos. A barriga é a parte do corpo mais clara, de cor branca ou amarelada. As maxilas têm entre 64 a 68 dentes aguçados, são movidas por músculos muito fortes e podem esmagar com uma única dentada o crânio de um bovídeo adulto!
É um animal exclusivamente carnívoro. Enquanto jovem alimenta-se de anfíbios e pequenos peixes, passando os adultos para presas de maior porte como tartarugas, búfalos, macacos e outros animais que consegue apanhar. As presas são normalmente caçadas quando se deslocam para beber dos rios e são mortas com uma única dentada dada normalmente numa via de respiração do animal. Após a morte, o crocodilo normalmente consome a carcaça no fundo do rio. Reproduz-se durante a estação húmida, que decorre entre Março e Novembro, em zonas de água salgada. Nesta época, os machos ficam com um território que defendem de intrusos e procuram atrair as fêmeas com a emissão de sons. As posturas são feitas em ninhos construídos em terra com lama e ramos onde são enterrados 40 a 60 ovos que levam cerca de 90 dias a incubar. A determinação do sexo dos pequenos crocodilos é feita através da temperatura dos ovos durante os primeiros dias após a postura: os machos são produzidos se a temperatura estiver em torno dos 31 °C; se as condições forem mais variáveis, as crias serão fêmeas. A mãe fica junto do ninho durante todo o período, apesar de não ter parte activa na incubação, e desenterra os ovos assim que ouve o chamamento das crias. Ela então desloca os filhos do ninho para a água à medida que vão nascendo e toma conta deles apenas até começarem a nadar sozinhos. A maior parte das crias morre durante os primeiros meses como presa de outros animais, mas, à medida que vão crescendo de tamanho, a probabilidade de sobrevivência aumenta. Os machos adultos toleram a presença de juvenis nos seus territórios, às vezes até os caçam, mas assim que os jovens crocodilos crescem para além de um dado número são expulsos do rio. Os machos adolescentes então deslocam-se para zonas de água salgada e percorrem as costas até encontrarem um rio que possam marcar como seu território. A maturidade sexual é atingida entre os 10 a 12 anos para o sexo feminino e os 16 anos para o masculino.
O couro do crocodilo-de-água-salgada é considerado valioso e há quintas onde estes animais são criados para a sua extracção.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Límulo


O límulo (Limulus polyphemus) é um artrópode quelicerado, também conhecido como caranguejo-ferradura. Apesar do nome, esta espécie está mais próxima das aranhas e escorpiões que dos caranguejos (Crustácea) propriamente ditos. São representantes do mais antigo grupo animal, que ainda vive sobre a face da Terra, os Merostomata! Surgiu há cerca de 300 milhões de anos! Por esse motivo são fósseis vivos.
Os límulos são normalmente encontrados no Golfo do México e ao longo das costas do Atlântico Norte (Baía de Delaware), para onde comummente migram ano após ano. Durante toda a primavera esses animais sobem, aos milhares, até as praias para desovar, durante as marés-altas, nas noites de lua nova e cheia. As fêmeas desovam em média 20.000 ovos por cova que cavam na areia da praia! As larvas eclodem após duas semanas. Podem atingir os 50 cm. Alimentam-se de moluscos, vermes e outros invertebrados. Seu habitat é composto pelas águas marinhas costeiras rasas, sobre fundos arenosos areia e lodosos.

Um variante japonês (Tachypleus tridentatus) pode ser encontrado em alguns mares, mas é considerada uma espécie sob risco de extinção devido à perda do habitat. Há ainda várias fazendas peixeiras onde os Límulos são criados para ser posteriormente vendidos como comida. Estes animais podem atingir até 51 cm, alimentando-se apenas de moluscos e alguns invertebrados. Em cativeiro a sua dieta pode ser composta de nacos de carne, tais como pedaços de camarão e de lula (Foster and Smith, 2004). Sua boca encontra-se no centro que corresponde à área inferior do tórax. Um par de pinças que os ajuda a puxar a comida pode ser encontrado de cada lado da boca.

Límulos possuem a rara habilidade de regenerar os membros perdidos, de uma forma similar ao que fazem as estrelas-do-mar. Esse atributo foi recentemente provado por Sue Shaller, do Serviço Americano de Vida Selvagem.

Estes animais são extremamente valiosos como espécies para a comunidade de pesquisas médicas. Desde 1964 uma substância feita através do sangue dos Límulos, chamada LAL (Limulus Amebocyte Lysate, em inglês) vem sendo testada contra endotoxinas bacterianas e na cura de várias doenças causadas por bactérias. Os animais podem ser devolvidos à água após a extracção de uma certa quantidade do seu sangue, fazendo com que essa busca não se torne um risco à sobrevivência destes artrópodes. A vida de um único Límulo para extracção sanguínea periódica pode valer até 2.500 doláres! O sangue destas criaturas é azul, o que é um resultado da alta concentração de hemocianina cuprosa ao invés da hemoglobina ferrosa encontrada, por exemplo, nos humanos. O fato de os Límulos.terem evoluído tão pouco ao longo desses 300 ou 400 milhões de anos é uma das razões que faz deste um animal tão diferente dos demais.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Rena


A rena (palavra de origem Lapónia ou finlandesa,) ou caribu (na América do Norte) é um cervídeo de grande porte, com chifres, que vive em manadas e habita latitudes altas. São característicos das regiões árcticas do norte do Canadá, Alasca, Rússia, Escandinávia e 1Islândia. A origem da palavra "caribu" pode ser uma palavra em micmac, que significa "pata". O caribu é único entre os veados, pois machos e fêmeas possuem chifres.

Em 1952 a espécie foi reintroduzida com sucesso na Escócia, onde se extinguira no século X. Há oito subespécies de rena reconhecidas, que correspondem às populações de diferentes áreas.

Este animal apresenta dimorfismo sexual, sendo os machos com cerca de 300 kg bastantes maiores que as fêmeas. Ambos os sexos têm galhadas, que são mais elaboradas nos machos. As principais fontes de alimentação são bambus, folhas de sempre-vivas, ervas rasteiras e principalmente líquenes. Estes animais podem, também comer pequenos pássaros e ovos. Apresenta os dentes da frente apenas no maxilar inferior.

Em cada época, migra grandes distâncias para parir as crias. Também pode nadar. Possui pernas compridas, com cascos afiados e patas peludas que garantem a atracção sobre terrenos congelados. Normalmente, a rena é silenciosa, mas seus tendões produzem ruídos secos e agudos que podem ser ouvidos a grandes distâncias, quando viaja em grandes grupos, esses ruídos servem para avisar de perigo.

Os seus predadores são os lobos, seres humanos e, surpreendentemente, por águias-douradas (ou águias-reais); os corvos por vezes causam cegueira em renas recém-nascidas, perfurando-lhes e comendo os seus olhos, causando a sua morte prematura. Vários tipos de mosquitos e moscas, como a mosca preta parasítica Hypoderma bovis, podem molestá-las o suficiente para afectar a sua saúde e causar várias doenças.
A rena é bastante importante na economia das populações nativas do Ártico como os povos inuit e os habitantes da Lapónia. Estes povos domesticaram a rena como fonte de alimento e de peles e animal de tracção. Para além das manadas domésticas, as renas são também caçadas nalguns locais pelos mesmos motivos.
Se o habitat destes animais tem sofrido grandes reduções nos últimos séculos, sobretudo devido a explosão do número de habitantes humanos por todo o Hemisfério Norte, houve um minúsculo mas curioso aumento territorial em seu favor.

Ocorreu que algumas renas naturais da Noruega foram introduzidas na ilha de Geórgia do Sul, no Atlântico Sul, por volta do início do século vinte, quando pescadores noruegueses ali haviam conduzido suas operações baleeiras.

Ausência

Devido a problemas relacionados com o meu PC e com a internet, não foi possivel colocar nenhum post.
Aproveito para desejar a todos os que me acompanham um excelente 2010.
Deixo aqui ficar o convite para que continuem a vir ver os novos posts.
O primeiro post de 2010 era para ter saído na época do Natal, daí ser dedicado a um animal bem especial.

Pequeno Zoólogo