domingo, 29 de novembro de 2009

Okapi



O okapi (Okapia johnstoni) é uma das duas espécies remanescentes da família Giraffidae, sendo a outra a girafa. É nativo das florestas húmidas do nordeste da República Democrática do Congo, e era conhecido só pelos habitantes locais até 1901. Esta obscuridade levou a Sociedade de Criptozoologia a adoptá-lo como seu emblema.
Estes animais têm o corpo escuro, com riscas brancas bem visíveis nas patas. A forma do corpo é semelhante à da girafa, embora o pescoço seja muito mais curto. Ambas as espécies possuem línguas muito longas (aproximadamente 30 centímetros de comprimento), azuis e flexíveis, que usam para retirar folhas e rebentos das árvores maiores a que não conseguem chegar com o pescoço. A língua do okapi é tão longa que lhe permite lavar as pálpebras e limpar as orelhas com ela; juntamente com a girafa, são os únicos mamíferos que conseguem lamber as próprias orelhas. Os ocapis machos possuem pequenos chifres cobertos de pele.
Eles têm um comprimento de 2 a 2,5 metros, e uma altura de 1.5 a 2 metros nas espáduas. O seu peso varia entre 200 e 250 quilos.
Além de folhas e rebentos, comem relva, samambaias, frutas, e fungos.
São animais essencialmente diurnos e solitários, juntando-se apenas para acasalar. Dão à luz apenas uma cria de cada vez, que pesa cerca de 16 kg, após um período de gestação de 421 a 457 dias. As crias são amamentadas durante até dez meses, atingindo a maturidade entre os 4 e os 5 anos de idade.
Não estão classificados como espécie em perigo de extinção, mas são ameaçados pela destruição do seu habitat e pela caça furtiva. O trabalho de protecção no Congo inclui a continuação do estudo do comportamento do okapi, e levou à criação em 1992 da Reserva de fauna dos okapis. A Guerra Civil do Congo ameaçou tanto a vida selvagem como os trabalhadores da reserva.
Seu nome deriva do som que produz. O epíteto da espécie (johnstoni) é uma forma de reconhecimento do explorador britânico Sir Harry Johnston, que organizou a expedição à Floresta de Ituri que pela primeira vez capturou um okapi para fins científicos. Primeiramente foi classificado como uma espécie de equídeo selvagem, recebendo o nome de Equus johnstoni.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ligre e Tigon



Ligre
O Ligre, também conhecido pelo seu nome em inglês, liger (lê-se láiguer), é um híbrido entre um leão e uma tigresa. Daí vem o seu nome: ligre =leão + tigre (liger= lion + tiger).
Os machos deste animal são híbridos estéreis, pois o número de cromossomas do leão e do tigre são pares, mas diferentes. Assim o ligre tem um número ímpar de cromossomas graças ao processo da meiose que ocorre na formação dos gâmetas femininos e masculinos (óvulos e espermatozóides, respectivamente), podem se acasalar com outro animal com características parecidas, como o próprio tigre ou leão puros, mas seus filhotes podem ter a saúde delicada.
Apresenta aspecto de um gigantesco leão com raias de tigre difusas. É actualmente, o maior felino do mundo, possuindo entre 3,5 e 4 metros de comprimento! Com apenas três anos pode pesar meia tonelada.
Ligres têm a capacidade de nadar tal como os tigres, e podem correr a uma velocidade de aproximadamente 100 quilómetros/H.
Pensa-se que o seu tamanho enorme se deve à ausência de genes que condicionem a produção de inibidores do crescimento. Isso porque nos leões essa é uma herança materna, e nos tigres é paterna, portanto os ligres não recebem esses genes.
O cruzamento entre leões e tigres só ocorre por acção do homem. Além de os hábitos de ambas as espécies serem muito diferentes, elas geralmente não compartilham os mesmos territórios, de maneira que há poucas possibilidades de se encontrarem para formar este estranho cruzamento. Na actualidade esses animais só existem na natureza no bosque de Gir, na Índia. Antigamente porém, leões e tigres existiram na Mesopotâmia, Cáucaso, Pérsia, Afeganistão.


TigonPodem exibir características de ambos os pais: ter pintas da mãe (leões têm o gene das pintas – as crias leão são pintadas) e riscas do pai.
A juba do tigon é mais curta e discreta que a do leão e mais semelhante ao tufo do tigre. É um erro pensar que os tigons são menores que leões ou tigres. Não ultrapassam o tamanho dos seus progenitores porque herdam o gene que impede o crescimento da mãe leoa e do pai tigre mas não apresentam nenhum tipo de nanismo ou miniaturização; muito frequentemente pesam aproximadamente 180 kg.
A relativa raridade de Tigons é atribuída ao fato dos tigres machos acharem o comportamento de acasalamento da leoa demasiado subtil e escapam-lhes algumas pistas sobre o interesse dela em acasalar.
Na obra Wild Cats Of The World (1975), Guggisberg escreveu que tanto ligres como tigons eram estéreis; no entanto, em 1943, um híbrido de leão com tigre das “Ilhas” com 15 anos de idade foi cruzado com sucesso com um leão do Hellabrunn Zoo de Munique. A cria fêmea, ainda que de delicada saúde, sobreviveu até à idade adulta. Os tigons machos são estéreis, enquanto as fêmeas são férteis. No Alipore Zoo, na Índia, uma tigon fêmea chamada Rudhrani, nascida em 1971, foi cruzada com sucesso com um leão asiático chamado Debabrata. A rara segunda geração de híbridos foi designada li-tigon. Rudhrani gerou 7 li-tigons durante a sua vida. Alguns dos quais atingiram tamanhos verdadeiramente surpreendentes – um li-tigon chamado Cubanacan (morreu em 1991) pesava 363 kg, media de altura 1.32m até ao ombro e tinha 3.5 m de comprimento total.
Também há registo de ti-tigon, resultante de cruzamento entre uma tigon fêmea e um tigre macho. Ti-tigons são parecidos com o tigre dourado mas com menos contraste nas suas riscas. Uma fêmea tigon nascida em 1978, chamada Noelle, partilhou cativeiro na Reserva de Shambala com um Tigre Siberiano macho, chamado Anton, devido à crença do tratador de que a fêmea era estéril. Em 1983, Noelle teve um ti-tigon chamado Nathaniel. Como Nathaniel era ¾ tigre, tinha riscas mais escuras que a progenitora e vocalizava sons mais similares aos do tigre do que a mistura de sons emitidos pela mãe. Sendo apenas ¼ leão, Nathaniel não tinha juba. Nathaniel morreu com cancro aos 8 ou 9 anos. Noelle também ficou doente com cancro e morreu pouco depois.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Depois do H1N1 aqui está o Canguru


Canguru é o nome genérico dado a um mamífero marsupial pertencente a quatro espécies do género Macropus da família Macropodidae, que também inclui os wallabees. As características incluem patas traseiras muito desenvolvidas e a presença de uma bolsa (o marsúpio) presente apenas nas fêmeas na qual o filhote completa seu desenvolvimento. É o animal-símbolo da Austrália.
O seu habitat situa-se em planícies e a sua alimentação baseia-se em vegetais e frutas. O pêlo do canguru é, geralmente, espesso. Crescem durante toda a vida. A sua cauda mede de 0,70 cm a 1,40 m. A maior parte dos cangurus têm orelhas grandes e cabeça pequena. Quando jovem permanece com a mãe, subindo na sua bolsa para se alimentar e ficar seguro, até que tenha mais que um ano de idade. Vivem na Austrália continental, pesam cerca de 500 g a 90 kg, medindo cerca de 80 cm a 1,60 metros. A sua gravidez (gestação) demora de 30 a 40 dias, dando à luz apenas um filhote de cada vez., que nascem imaturos. O seu desenvolvimento é no interior de uma bolsa na barriga da sua mãe que se chama marsúpio. Ali, o filhote mama e protege-se.
Qualquer marsupial selvagem é cuidadoso com os humanos. No entanto, durante a seca, são obrigados a partir para áreas povoadas em busca de comida. Quando os humanos se aproximam, eles podem sentir-se ameaçados e defendem-se. Embora seja um animal simpático, um canguro bravo é capaz de matar um humano. Porém isso não se pode considerar um ataque, é meramente uma reacção instintiva de defesa, pois nós humanos somos seus maiores predadores.
Alguns dos maiores cangurus, como o canguru vermelho macho, Macropus rufus, podem medir 1,4 metro da cabeça aos pés. Nesta altura, eles podem derrotar um humano com facilidade. As fêmeas do canguru possuem a metade do tamanho dos machos, aproximadamente.
Os cangurus vermelhos preferem planícies abertas, enquanto as espécies cinzas preferem florestas densas. A principal diferença entre eles é a cor. Os cangurus das árvores possuem patas frontais mais fortes e resistentes que seus parentes. Eles podem ser encontrados nas florestas montanhosas do norte de Queensland. Os cangurus não costumam ficar mais de 15 km longe da água.
O número de cangurus é cuidadosamente monitorado na Austrália: existe um equilíbrio entre a necessidade de conservar estas espécies e as demandas dos proprietários de terras. Se houver escassez de comida, o gado poderia passar fome, pois os cangurus se movem com mais facilidade e podendo escolher o melhor alimento.
O canguru-vermelho é o maior marsupial do mundo. As fêmeas da espécie dão a luz apenas a um bebe por vez, que nasce tão pequeno quanto uma cereja ou um chiclete, assim que o filhote nasce, ele vai directo para a bolsa da mãe e não emerge, por volta de 2 meses e finalmente saem da bolsa quando completam mais ou menos 1 ano de idade.
Cangurus vermelhos pulam usando suas fortes pernas em uma grande velocidade. Um canguru vermelho pode alcançar 56Km/h. Cada salto pode cobrir até 8 metros de distância em uma altura de 1,8 metros, são criaturas realmente incríveis e fofas. As fêmeas dos cangurus vermelhos são mais leves e mais rápidas do que os machos.
Os machos da espécie lutam entre si para ter o direito de acasalar com uma fêmea em potencial, eles podem ficar em pé sobre seus rabos e chutar seu inimigo com suas pernas poderosas, também podem morder ou arranhar com suas garras afiadas, as quais eles também usam em lutas contra predadores como o dingo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Urso-Polar


O urso-polar (Ursus maritimus), conhecido como urso-branco, é um mamífero membro da família dos Ursídeos, típico e nativo da região do Ártico, actualmente um dos maiores carnívoros terrestres conhecidos. De todos os ursos, este é o que mais se alimenta de carne.
Fáceis de tratar, são um dos animais mais populares nos jardins zoológicos. O rei Ptolomeu II do Egito (285-246 a.C.) tinha um exemplar em seu zoológico, em Alexandria. O primeiro zoológico americano, inaugurado na Filadélfia em 1859 tinha um urso-polar como uma de suas atracções.
O urso-pardo e o urso-polar divergiram de um ancestral comum há cerca de 2 milhões de anos e o cruzamento entre as duas espécies gera descendentes férteis. A perda de dentes molares típicos do urso-pardo deu-se há 10 ou 20 mil anos.
A maioria dos cientistas não reconhece subespécies de urso-polar. O IUCN/SSC Polar Bear Specialist Group (PBSG) contabiliza 20 grupos populacionais, enquanto outros cientistas apontam seis grupos: Mar de Chukchi, Ilha de Wrangel Island e Alaska ocidental; Mar de Beaufort; Arquipélago Ártico Canadense; Groenlândia; Terra de Spitzbergen-Franz Josef; e Sibéria. Algumas fontes consideram haver duas subespécies: Ursus maritimus maritimus e Ursus maritimus marinus.
Os machos desta espécie têm cerca de 300 a 400 kg, mas podem atingir 700 kg e medem até 3,00 m. As fêmeas são em média bem menores, com 200 a 300 kg de massa e 2,10 m de comprimento. Ao nascer o filhote tem 0,6 a 0,7 kg. A camada de gordura subcutânea pode chegar a uma espessura de 15 cm.
Todo o seu corpo é adaptado para melhor desempenho na água e para o frio. Tanto as orelhas quantos os olhos são pequenos e arredondados. As patas dianteiras são largas para facilitar o nado e o mergulho e as patas posteriores têm 5 dedos. O crânio e o pescoço são alongados. Todas essas adaptações proporcionam-lhes um maior hidrodinâmismo que facilita a natação. A pele e o focinho são pretos. As solas dos pés têm papilas que auxiliam a caminhada sobre o gelo.
A pelagem dos ursos-polares é branca e cobre todo o corpo, inclusive a planta das patas, como isolamento do frio. É composta por uma densa camada de subpelo (cerca de 5 cm de comprimento) e uma camada de pêlos externos (15 cm). O fio individual é transparente e oco, mas não apresenta propriedades de fibra óptica, como afirma uma lenda urbana. No verão a pelagem torna-se amarelada, talvez devido à oxidação produzida pelo sol. Ao contrário dos demais mamíferos árcticos, os ursos-polares não sofrem processo de muda sazonal. Os pêlos nas solas das patas são duros e proporcionam excelente isolamento térmico e tracção sobre a neve. O isolamento térmico proporcionado pela pelagem geral é tão eficiente que torna o animal praticamente invisível a detectores infravermelhos. Acima de 10 °C, contudo, isto pode levar ao sobre-aquecimento do animal. Outra característica de sua pelagem é não reflectir a luz ultravioleta.
Alguns animais cativos, expostos a climas quentes e húmidos, desenvolvem uma cor verde graças a algas que crescem em seus pêlos ocos. Tais algas não são nocivas ao animal e são eliminadas com banhos de água oxigenada ou sal.
Os ursos-polares acasalam entre os meses de Março e Junho, com implantação diferida dos óvulos fecundados, de modo que o período de gestação torna-se muito longo, entre 200 a 265 dias, variando de acordo com as condições ambientais.
As crias nascem entre Novembro e Janeiro, no abrigo invernal construído pela fêmea, e não se separam da mãe até completarem dois anos de idade. Nascem cegas e pesando muito pouco em relação ao peso adulto, sendo um dos filhotes menos desenvolvidos dos mamíferos eutérios.
Os machos possuem um osso em seu pénis devido a necessidade de maior resistência, já que a relação sexual pode durar cerca de 24 horas.
As fêmeas têm quatro mamas funcionais ao passo que as outras ursas apresentam seis. Podem gerar até quatro filhotes por gestação, ainda que a média seja de duas crias.
As fêmeas estão aptas à reprodução uma vez a cada três anos, sendo um dos mamíferos com menor capacidade reprodutiva. É esperado que a ursa-polar tenha apenas cinco ninhadas em sua vida.
Atingem a maturidade sexual entre os 4 e 6 anos e em condições naturais, vivem em média de 15 a 18 anos. Alguns animais selvagens marcados tinham um pouco mais de 30 anos. Um espécime do zoo de Londres morreu aos 41 anos.
Alimenta-se também de aves, roedores, moluscos, caranguejos, morsas e belugas. Ocasionalmente caça bois-almiscarados e até mesmo, ainda que raro, outro urso-polar.

domingo, 18 de outubro de 2009

O golfinho


Os golfinhos ou delfins são animais mamíferos cetáceos pertencentes à família Delphinidae. São perfeitamente adaptados para viver num ambiente aquático, existem 37 espécies conhecidas de golfinhos, dentre os de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus delphis.
São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. A alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz a um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.
A sua excelente inteligência é estudada por cientistas.
Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, excepto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam directamente ligados às actividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou seja orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas. acústico que lhe permite obter informações sobre outros e o ambiente, conseguem produzir sons de alta freqüência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de “clicks” ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A frequência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.
Quando o som atinge um objecto ou presa, parte é reflectida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.
Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objeto que examina, mais rápido é o eco e com mais frequência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objecto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objectos simultaneamente.
Os predadores dos golfinhos são os tubarões, as orcas e o ser humano.

Os golfinhos por serem mamíferos e apresentarem respiração pulmonar devem constantemente realizar a hematose a partir do oxigénio presente na atmosfera, tal fato obriga os golfinhos e muitos outros animais aquáticos dotados de respiração pulmonar a subirem constantemente à superfície. Uma das consequências desta condição é o sono baseado no princípio da alternação dos hemisférios cerebrais no qual somente um hemisfério cerebral torna-se inconsciente enquanto o outro hemisfério permanece consciente, capacitando a obtenção do oxigénio da superfície.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Informação

Por motivos escolares não foi possível fazer um post tentarei vir aqui este fim-de-semana.

domingo, 4 de outubro de 2009

A preguiça


A preguiça, ou bicho-preguiça, é um mamífero da ordem Xenarthra (anteriormente chamada de Edentata ou Desdentada), a mesma dos tatus e tamanduás, pertencente à família Bradypodidae (preguiças com três dedos) ou Megalonychidae (preguiças com dois dedos).
Todos os dedos têm garras longas pelas quais a preguiça se pendura nos galhos das árvores, com o dorso para baixo. O seu nome vem do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. É um animal de pelos compridos, que vive na copa das árvores de florestas tropicais desde a América Central até o norte da Argentin. Na Mata Atlântica, que se alimenta dos frutos da Cecropia (embaúba,conhecida por isto como árvore-da-preguiça).
De hábitos solitários, tem como defesa a sua camuflagem e suas grandes garras. Para se alimentar, utiliza-se de "dentes" que se apresentam em forma de uma pequena serra. Herbívoro, tem hábitos alimentares restritos, o que torna difícil sua manutenção em cativeiro. Dorme cerca de 14 horas por dia, também pendurada nas árvores. Na reprodução dá apenas uma cria, e apenas a fêmea cuida do filhote. Reproduz-se, como tudo que faz, na copa das árvores. Raramente desce ao chão, apenas aproximadamente a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas. O seu principal predador é a onça-pintada.
Vivem apenas nas matas do continente americano e estão divididas em seis espécies diferentes, que podem ter dois ou três-dedos nas patas anteriores.
Apesar de ocuparem o mesmo nicho ecológico, dificilmente se verifica a presença dos dois géneros em uma mesma área.
No Brasil, existem as seguintes espécies de três-dedos:
Preguiça-comum (B. variegatus) que também é encontrada de Honduras ao norte da Argentina e todas as florestas do Brasil.
Preguiça-de-bentinho (B.tridactylus) que também vive na Venezuela, Bolívia, Rio Orinoco, Guianas.
Preguiça-de-coleira (B. torquatus) que vive somente nos nos trecho da Mata Atlântica que vão do Rio de Janeiro ao sul da Bahia, sendo esta a espécie mais ameaçada de extinção.
Em 2001 foi descoberta uma nova espécie no Panamá, a preguiça-anã (B. pygmaeus)
A preguiça-real (Choloepus hoffmanni) vive nas florestas tropicais, desde a Nicarágua até o Brasil Central.

São animais de porte médio (cerca de 3,5 a 6 kg quando adultas), de coloração geral cinza, tracejada de branco ou marrom-ferrugem, podendo ter manchas claras ou negras. A pelagem pode parecer esverdeada graças à algas que se desenvolvem na sua pelagem servem de alimento para as lagartas de determinadas espécies de mariposa, que vivem associadas aos bichos-preguiça.
O pêlo cresce em sentido diferente dos demais mamíferos, isto é cresce do ventre em direcção ao dorso. Isto acontece pelo facto de passar quase o tempo todo de cabeça para baixo e isto ajuda a água da chuva correr sobre o corpo do animal.
Possuem membros compridos, corpo curto, cauda curta e grossa, adaptados para o seu modo de vida (sempre pendurados em galhos da copa de árvores altas). A sua temperatura corporal é sempre muito próxima da do ambiente, sendo por isso considerados animais homeotérmicos imperfeitos.
Alimentam-se de folhas novas de um número restrito de árvores, dessas árvores conhecem-se a embaúba, a ingazeira, a figueira, a tararanga. O estômago dos bichos-preguiça é um tanto semelhante ao dos animais ruminantes, pois é dividido em quatro compartimentos e contém uma rica flora bacteriana, que permite a digestão inclusive de folhas com alto teor de compostos naturais tóxicos.
Os dentes das preguiças não tem esmalte, por isso só se alimentam de brotos e folhas. Estão sempre a crescer devido ao contínuo desgaste. Por não ter incisivos, a preguiça parte as folhas usando seus lábios duros.
Nutrem-se lambendo as algas que crescem em seus pêlos. Nunca bebem água pois a quantidade deste líquido que elas necessitam para viver é absorvida do próprio alimento, através das paredes intestinais, durante o processo de digestão.
A gestação da preguiça dura quase onze meses. O recém-nascido mede 20 a 25 cm e pesa cerca de 260 a 320 g. As fêmeas dos preguiças carregam o filhote nas costas e ventre durante aproximadamente os nove primeiros meses de vida. Durante esse período, a mãe protege o filhote, enquanto ele se prepara para sobreviver sozinho sem a ajuda da mãe.
A expectativa de vida varia de 30 a 40 anos.

domingo, 27 de setembro de 2009

Tucano


Tucano são aves da família Ramphastidae que vivem nas florestas da América Central e América do Sul.
Possuem um bico grande e oco. A parte superior é constituída por trabéculas de sustentação e a parte inferior é de natureza óssea. O bico embora comprido não é muito forte, já que é muito comprido e a alavanca (maxilar) não é suficiente para conferir tal qualidade. O sistema digestivo é extremamente curto, o que explica sua base alimentar, já que as frutas são facilmente digeridas e absorvidas. Além de serem frugívoros (comem fruta), necessitam de um certo nível proteico na dieta, o qual alcançam caçando alguns insectos, pequenas presas (como lagarto, perereca, etc) e até ovos de outras aves. Possuem pés zigodáctilos (dois dedos direccionados para frente e dois para trás), típicos de animais que trepam em árvores.
São monogâmicos territorialistas (vivem e reproduzem-se em casal isolado). Não há dimorfismo sexual e a sexagem pode ser feita por análise de seu DNA. A fêmea e o macho trabalham no ninho, que é construído em ocos de árvores. A fêmea choca e o macho alimenta-a. Fazem postura de 3 a 4 ovos, cujo período de incubação é de 18, dias as crias abandonam o ninho com apenas algumas semanas.
Não são aves migratórias.
O tucano de bico preto e o tucano de bico vermelho têm uma aproximação diferente. Para conquistarem as suas amadas, oferecem-lhes pequenas porções de alimentos.
O ritual de acasalamento é diferente de espécie para espécie.Por exemplo, o tucano de peito branco cuida da sua plumagem e da da fêmea que pretende cortejar. Mas também pode fazer "duelos" de bicos com ela. Dependendo da espécie a que pertencem, os tucanos podem viver solitários, em casais, ou em bandos que podem ter dez indivíduos.
O maior de todos os tucanos é o tucano de peito branco. Esta espécie mede entre 55 e 61 centímetros de comprimento. Para terem uma ideia, é mais do que mede um bebé recém-nascido!
Este é um animal interessante não só pelas suas cores, maneiras de comer, diferentes rituais de acasalamento, mas também pelo seu longo bico.

sábado, 19 de setembro de 2009

Ornitorrinco


O Ornitorrinco (nome científico: Ornithorhynchus anatinus, do grego: ornitho, ave + rhynchus, bico; e do latim: anati, pato + inus, semelhante a: "com bico de ave, semelhante a pato") é um mamífero semi-aquático natural da Austrália e Tasmânia. É o único representante vivo da família Ornithorhynchidae, e a única espécie do género Ornithorhynchus. Juntamente com as équidnas, formam o grupo dos monografados, os únicos mamíferos ovíparos existentes.
Possui hábito crepuscular e/ou nocturno, é carnívoro, alimenta-se de insectos, vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é directamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Esporões venenosos nas patas estão presentes nos machos e são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores.
As características típicas fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% dos seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferas já sequenciadas, como o cachorro, a ratazana
Precisa comer 20% do seu peso todos os dias, o que faz com que gaste 12 horas por dia procurando comida. Em cativeiro, chega a comer metade do seu peso em um único dia, um macho pesando 1.5 quilogramas pode ingerir 45 gramas de minhocas, 20-30 lagostins, 200 larvas de tenébrios, dois sapos pequenos, e dois ovos cozidos.

Sobre a longevidade, ornitorrincos selvagens já foram recapturados com onze anos e, em cativeiro, a espécie vive até dezassete anos. A taxa de mortalidade, em adultos, na natureza é aparentemente baixa. Os predadores naturais incluem aves de rapina, serpentes, além de cães, gatos, raposas-vermelhas e o homem. A introdução da raposa-vermelha como predadora do coelho pode ter tido um impacto na população de ornitorrincos na Austrália. Um baixo número de ornitorrincos na região norte de Queensland talvez seja devido pela presença do crocodilo-poroso (Crocodylus porosus).
São animais semi-aquáticos e primariamente nocturnos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Informação

Amanhã começo as aulas, como devem compreender vou iniciar um ciclo bastante trabalhoso o que me vai impedir de colocar posts diários, no entanto irei fazer todos os possíveis postar um por semana.
Agradeço a vossa compreensão.
Pequeno zoólogo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O hamster


Hamster ou Criceto é uma designação comum a diversos pequenos mamíferos roedores, da sub-família Cricetinae, encontrados na África e Ásia, dotados de grande bolsa facial e de cauda muito curta.
É também o nome vulgar de um roedor nativo da Síria (Mesocricetus auratus), encontrado no mundo todo como animal de estimação ou como cobaia.
Possuí grandes dentes incisivos que estão em constante crescimento, necessitam de estar sempre a roer para evitar que cresçam demais.
O tempo de vida médio é de dois anos, contudo alguns podem viver até três ou quatro anos, dependendo da espécie.
Existem diferentes espécies espalhados por todo o mundo e muitos deles habitam regiões semi-desertas onde vivem em tocas, formadas por vários túneis e câmaras que são utilizadas para armazenar comida ou dormir. São animais nocturnos, que dormem durante o dia quente e ficam acordados à noite quando está mais frio. Vêem muito mal, mas têm o olfacto apurado e uma excelente audição.
Muitas espécies têm as bochechas dilatáveis, isto é, bochechas que aumentam de tamanho, onde eles carregam comida e forragem para ser guardada em sua toca.
A palavra hamster tem sua origem na palavra alemã "hamstern" que significa "acumular" ou "armazenar", uma referência às suas bochechas.
Actualmente os hamsters são um dos mais animais de estimação mais populares em diversos países por serem dóceis e carinhosos.
As principais espécies que são criadas como animais domésticos são o Anão Russo e o Sírio. A primeira espécie apresenta o corpo peludo que traz alergia, e a pelagem de listras pretas e brancas. O Sírio tem corpo alongado e a pelagem de cores variadas, branco, preto ou amarelo (castanho claro).
Podemos dividir as espécies em selvagens e domesticáveis, de acordo com a possibilidade ou não da criação em cativeiro. Segundo este critério, temos:
Selvagens:
Cricetus cricetus - Hamster do Campo Europeu
Mesocricetus newtoni - Hamster Romeno
Mesocricetus brandti - Hamster Turco
Mesocricetus raddei - Hamster Ciscaucasiano
Cricetulus alticola - Hamster Ladak
Cricetulus barabensis - Hamster Listrado Chinês
Cricetulus curtatus - Hamster Mongol
Cricetulus eversmanni - Hamster de Eversmann
Cricetulus griseus - Hamster chinês
Cricetulus kamensis - Hamster Tibetano
Cricetulus longicaudatus - Hamster de Cauda Longa (menor)
Cricetulus migratorius - Hamster Armeno
Cricetulus triton
Cricetulus obscurus
Cricetulus pseudogriseus - Hamster de Cauda Longa (maior)
Domesticáveis:

Mesocricetus auratus - Hamster Sírio (A espécie mais comum, em cativeiro)
Phodopus campbelli - Hamster Anão Russo Campbell
Phodopus sungorus - Hamster Anão Russo Winter-White - também chamado de Hamster Djungariano ou Siberiano (branco invernal).
Cricetulus griseus - Hamster Chinês
Phodopus roborovskii - Hamster Roborovski
Outras espécies
O Hamster Camundongo, das espécies Calomyscus bailwardi, Calomyscus baluchi, Calomyscus mystax e Calomyscus urartensis também são consideradas espécies selvagens do Hamster.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Leão


O leão (Panthera leo) é um grande felino, originalmente encontrado na Europa, Ásia e África. Possuem coloração variável, entre o amarelo-claro e o marrom-escuro, com as partes inferiores do corpo mais claras, ponta da cauda com um tufo de pêlos negros (que encobrem um esporão córneo, para espantar moscas) e machos com uma longa juba. Há ainda uma raridade genética de leões brancos, que, apesar de sua linda aparência, apresentam dificuldades de sobrevivência por se destacarem nas savanas ou selvas, tendo imensas dificuldades de caça. São exclusivos da reserva de Timbavati.
Um grupo de leões pode abater um elefante que esteja só! Também é frequente o confronto com hienas, estando em bandos ou não, por disputa de território e carcaças.
É apelidado de o "rei dos animais" por se encontrar no topo da cadeia alimentar, mas são os animais mais sociáveis do mundo: um grupo pode possuir até quarenta indivíduos, composto na maioria por fêmeas.
O macho é facilmente reconhecido pela sua juba. No entanto, existe em Angola uma subespécie quase extinta, em que nenhum dos indivíduos possui juba. O seu peso varia entre as subespécies, num intervalo de 150 kg a 250 kg, raramente ultrapassando esse peso na natureza. As fêmeas são menores, pesando entre 120 kg e 185 kg. São dos maiores felinos vivos, menores apenas do que os tigres-siberianos e tigres-de-bengala: os machos medem entre 260 e 330 cm, e as fêmeas, entre 240 e 270 cm. Podem correr numa velocidade aproximada de 50 km/h, mas somente em pequenas distâncias.
Quando filhotes, machos e fêmeas têm a mesma aparência; no decorrer do crescimento, os machos adquirem as jubas. Chegando à maturidade sexual, os machos novos optam por viver sozinhos ou disputar a liderança do grupo.
Vivem em bandos de 5 a 40 indivíduos, sendo os únicos felinos de hábitos gregários. No bando, há divisão de tarefas: as fêmeas são encarregadas da caça e do cuidado dos filhotes, enquanto o macho é responsável pela demarcação do território e pela defesa do grupo de animais maiores ou mais numerosos (como eventuais ataques de hienas, búfalos e elefantes).
São caçadores exímios de grandes herbívoros, como a zebra e o gnu, mas sabe-se que comem quase todos os animais terrestres africanos que pesem poucos quilogramas. Como todos os
felinos, têm excelente aceleração, mas pouco vigor. Por isso, usam tácticas de emboscada e de acção em grupo para capturar suas presas. Muitos leões desencadeiam o ataque a 30 metros de distância da presa. Mesmo assim, muitos animais ainda conseguem escapar. Para sobreviver, um leão necessita ingerir, diariamente, cerca de 5 quilos de carne, no mínimo, mas caso tenha a oportunidade, consegue comer até 30 quilos de carne numa só refeição
. Isto acontece porque nem sempre são bem sucedidos, e sempre que o são, aproveitam toda a carne disponível para não precisarem voltar a caçar tão cedo.
Apesar de as
fêmeas efectuarem a maior parte da caça, os machos são igualmente capazes. Dois factores os impedem de caçar tantas vezes quanto as fêmeas: o principal é o seu tamanho, que os tornam muito fortes, porém menos ágeis e maiores gastadores de energia
; outro factor, de menor relevância, é sua juba, que sobreaquece os seus corpos, deixando-os mais rapidamente exaustos.
As fêmeas são sociais e caçam de forma cooperativa, enquanto os machos são solitários e gastam boa parte de sua energia patrulhando um extenso território. É sabido que tanto machos como fêmeas passam de 16 a 20
horas diárias em repouso, num regime de economia
de energias, uma vez que seu índice de sucesso em caças é de apenas 30%.
As fêmeas precisam de um tempo extra para caçar, porque os machos não cuidam dos filhotes. As leoas formam bandos de dois a dezoito animais da mesma família, o que as caracteriza como o único felino realmente social. Apesar de a caça em grupo ser mais eficiente do que a caça individual, sua eficácia não é tão compensadora, já que, em grupo, é preciso obter mais alimento para nutrir a todos. É mais provável que a socialização das fêmeas vise a proteger os filhotes contra os mach
os.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O ouriço-cacheiro


Erinaceidae é uma família de mamíferos insectívoros da ordem Erinaceomorpha. Estes animais possuem o dorso coberto por espinhos curtos e lisos, e as partes inferiores por pêlos. São denominados de ouriços.
Há no mundo 16 espécies de ouriços divididas em cinco géneros, encontrados em vários locais da Europa, Ásia, África e Nova Zelândia. Não há espécies nativas na Austrália nem na América do Norte ou do Sul, e os encontrados na Nova Zelândia foram introduzidos. São mamíferos insectívoros que mudaram pouco nos últimos 15 milhões de anos e que se adaptaram à vida nocturna.
São animais principalmente nocturnos, que se alimentam de insectos, caracóis, lesmas e vegetais. Os seus predadores principais são as corujas e os furões.
A camuflagem do ouriço é a sua coloração e quando ameaçado enrola-se numa bola expondo apenas a face coberta de espinhos.
A comunidade científica faz diferença entre o ouriço e o porco-espinho (Hystrix cristata), que é um roedor. No entanto, em Portugal e na Galiza, o ouriço-terrestre (Erinaceus europaeus) recebe indistintamente os nomes de porco-espinho, ouriço, ouriço-cacho, ouriço-cacheiro ou rescacheiro, posto que o habitat do Hystrix cristata na Europa se limita ao sul da península italiana (Sicília e Nápoles), onde foram introduzidos pelos romanos a partir da África.
Uma diferença importante entre estas duas espécies é que os espinhos do ouriço, ao contrário dos do porco-espinho, não se soltam naturalmente, nem são venenosos.
Graças à sua dieta, os ouriços são importantes no controle de pragas, já que são capazes de comer várias vezes o seu próprio peso em insectos e anelídeos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O gorila

Os gorilas são mamíferos primatas pertencentes ao género Gorilla, endémicos das florestas tropicais do centro da África. O fato de compartilharem 98%-99% do DNA com os seres humanos faz dos gorilas o parente vivo mais próximo, logo depois dos chimpanzés e são considerados altamente inteligentes. É o maior primata que existe actualmente.
Vivem em florestas tropicais ou sub-tropicais, apesar da sua área de distribuição abranger apenas uma pequena percentagem de África, existem numa grande variedade de altitudes:
· os gorilas-de-montanha (Gorilla beringei beringei) habitam as florestas montanhosas do Albertine Rift, existendo entre os 2.225 até aos 4.267 m.
· Os gorilas-do-ocidente moram em florestas densas e pântanos das terras baixas e marisma até ao nível do mar.
O médico e missionário estadunidense
Thomas S. Savage descreveu o gorila-do-ocidente pela primeira vez (na altura como o nome Troglodytes gorilla) em 1847 a partir de espécimes obtidos em Libéria.
O nome deriva da palavra grega tranliterada Gorillai (uma "tribo de mulheres peludas") descrita por Hannon, o Navegador, um navegador cartaginês e possível visitante (cerca de 480 a.C.) à área da actual Serra Leoa. Na sua viagem, Hannon encontrou o que considerou serem pessoas selvagens e peludas numa ilha da costa ocidental africana. Três fêmeas foram capturadas e as suas peles levadas para Cartagena.
Os maiores primatas da humanidade medem entre 1,65 e 2 metros de altura, e pesam entre 170 e 250 kg (os machos) e as fêmeas a metade do peso dos machos.
São capazes de levantar até 2 toneladas com os dois membros anteriores.
Geralmente deslocam-se em quatro patas. As suas extremidades anteriores são mais longas que as posteriores e semelhantes a braços, ainda são utilizadas também como ponto de apoio ao caminhar.
A estrutura facial do gorila é denominada de "mandíbula protuberante", já que ela é muito maior que o maxilar.
A gestação dura oito meses e meio e normalmente a próxima gestação só ocorre três ou quatro anos depois o nascimento e durante este tempo os filhotes convivem com a mãe. A maturidade sexual é atingida entre 10 e 12 anos pelas fêmeas e entre 11 e 13 anos pelos machos, podendo ser modificados estes anos com a vivência nos cativeiros.
A esperança de vida oscila entre os trinta e cinquenta anos, o recorde nesta categoria está com um gorila dum zoológico da Filadélfia que morreu aos 54 anos.
A sua alimentação é, em grande parte, herbívora, uma vez que alimentam-se de frutas, folhas, brotos, mas também os insectos compõem menos de 2% do seu cardápio.
Todos os gorilas compartilham o mesmo tipo sanguíneo, o tipo B.
Ameaças à sobrevivência dos gorilas:
· Destruição do habitat;
· Mercado de carne de caça.
· Em 2004, uma população de algumas centenas de gorilas no Odzala National Park, na República do Congo foi essencialmente devastada pelo vírus ébola. Em Agosto de 2008, um estudo da Wildlife Conservation Society, anunciou a existência de uma população previamente desconhecida nas florestas do Congo, o que duplicou o número de gorilas conhecidos na natureza para cerca de 125.000!
São conhecidos por usarem ferramentas na natureza. Uma gorila fêmea do Nouabalé-Ndoki National Park na República do Congo foi gravada a usar um pau para determinar a profundidade da água enquanto atravessava um pântano. Uma segunda fêmea foi vista a usar um troco de árvore como uma ponte e também para a suportar enquanto pescava no pântano. Isto que dizer que todos os hominídeos são agora conhecidos por usar ferramentas.

Um gorila com dois anos e meio foi descoberto a usar pedras para abrir frutos de palmeira dentro de um santuário de caça. Enquanto que esta foi a primeira observação do género para um gorila, há quarenta anos atrás os chimpanzés já tinham sido observados a usar ferramentas na natureza, a 'pescar' térmitas. Os hominídeos não-humanos são dotados de um "agarrar" semi-preciso, e são capazes de usar quer ferramentas simples como até armas, improvisando um taco a partir de um ramo caído.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Zebra

As zebras são animais mamíferos, membros da mesma família dos cavalos, os equídeos, nativos da África central e do sul. A pelagem deste animal consiste num conjunto de listras contrastantes de cor, alternadamente, marrom-escura e branca, dispostas na vertical, exceptuando nas patas, onde se encontram na horizontal. Os contrastes de cor podem parecer iguais mas não são, servem para se identificarem entre elas.
Apenas atacam quando sentem necessidade de se defenderem. São as presas preferidas dos leões o que as leva a fugirem, utilizando na fuga coices que são tão fortes que podem mesmo quebrar a mandíbula dos felinos.
Habitam nas savanas africanas e encontram-se distribuídas por famílias: macho, fêmeas e filhotes. Estes animais, por serem atacados habitualmente por leões, podem se tornar animais extremamente velozes, utilizam a fuga e coices tão fortes que podem quebrar até a mandíbula de um felino.
As suas listas vão escurecendo com a idade. Embora pareçam todos iguais não o são todos iguais:
As zebras-de-grevy têm origem de animais diferentes (de outro subgênero) daqueles que originaram as zebras-das-planícies e as zebras-das-montanhas.
Não se encontram à beira da extinção, embora a zebra-das-montanhas esteja ameaçada. A subespécie de zebra-das-planícies conhecida como cuaga (do inglês quagga, que designa o som que o animal produzia cuahaa), Equus quagga quagga, estava extinta, mas projectos de cruzamento entre zebras com coloração.
Muitas vezes têm de ir para outro pasto para ter erva fresca e têm de passar por rios repletos de crocodilo, e por cada passagem morrem pelo menos uma zebra, elas dividem-se em grande manadas.

domingo, 6 de setembro de 2009

Cavalo-Marinho


O Cavalo-marinho (Hippocampus) é uma espécie de peixe muito curiosa, no mínimo, exótica. Todos, algum dia, já pararam em frente a um aquário para admirar este peixe. Ele faz um grande sucesso, não só pela sua aparência, mas também pela maneira como nada.Tem o corpo coberto por placas dérmicas que servem de protecção contra os inimigos. Para se manter na posição vertical, utiliza a barbatana dorsal como único meio de propulsão.Tem uma capacidade natatória bastante limitada por isso vive em águas calmas e abrigadas, como estuários, onde existem algas e plantas marinhas. Neste ambiente, o cavalo-marinho pode se enrolar mantendo-se imóvel.Podem ser colocados em pequenos aquários com corais ou objectos em que eles se possam prender. Os pequenos peixes são bons companheiros.Alimenta-se de pequenos moluscos, vermes, crustáceos e plâncton que são sugados através do seu focinho tubular. Em aquário alimenta-se de artêmia, salina e dáfnias. Apenas come alimentos que se mexam uma vez que não tem costume de ir procurar alimentos comendo apenas o que passar por ele.Quanto à sua reprodução, há um aspecto interessante: os ovos são depositados numa bolsa ventral do macho. Após uma parada nupcial, a fêmea deposita os ovos nesta bolsa para então serem incubados, nascendo os juvenis completamente formados, já muito semelhantes aos adultos, porém quando nascem são transparentes, têm de vir logo ao de cima para buscar ar para se poderem equilibrar.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Panda-gigante


O panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) é um mamífero dotado de racionalidade da família dos ursídeos, endêmico da República Popular da China. Apresenta focinho curto lembrando um urso de peluche, com pelagem preta e branca e de jeito pacífico e bonachão o que o torna um dos animais mais queridos pela humanidade. Extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a não ser quando está extremamente irritado. Da xiong mao (大熊猫), o nome em chinês, significa grande urso-gato. Pode ser chamado também de huaxiong (urso de faixa), maoxiong (urso felino) ou xiongmao (gato ursino). O nome em latim Ailuropoda melanoleuca quer dizer pé de gato preto e branco. A palavra panda significa algo como "comedor de bambu".
Também conhecido por urso-panda, é um mamífero da ordem Carnívora, família Ursidae e nativo da China central que tem como seu parente mais próximo, o urso-de-óculos, da América do Sul.
Os pandas habitam as florestas temperadas montanhosas com densos bambuzais, principalmente do género Sinarundinaria, entre altitudes de 1.200 a 4.100 metros acima do nível do mar.
São animais normalmente solitários, mais activos durante o pôr e o nascer do sol, passam o resto do tempo a dormir em bosques de bambu. O seu território é marcado com uma combinação de odores da glândula anal, urina e marcas com as garras. Evitam conflitos não usando áreas compartilhadas do território durante o mesmo período.
Apesar de pertencer à ordem dos Carnívoros, é um animal herbívoro, alimentando-se quase que exclusivamente de cerca de 30 espécies de bambu (99% de sua dieta). Sabe-se que o panda também utiliza insectos e ovos como fonte de proteína. O seu sistema digestivo não é plenamente adaptado a quebrar as moléculas de celulose, contidas no bambu, o que o leva a consumir cerca de 40 kg de bambu por até 14 horas. Tem dentes e mandíbulas extremamente fortes, adaptados para triturar os colmos do bambu. Embora o bambu seja rico em água (40% de seu peso, chegando a 90% no caso de brotos), bebe frequentemente água de riachos ou neve derretida.
A época de reprodução dá-se na Primavera, quando os machos competem pela fêmea fértil. A gestação é em média de 135 dias. Normalmente nascem um ou dois filhotes, mas devido à natureza frágil e delicada dos ursinhos, a mãe-panda opta por criar um único filhote. O filhote rejeitado é abandonado à morte. O desmame dá-se com um ano de idade, uma vez que começa a ser capaz de ingerir bambu em pequenas quantidades logo a partir dos seis meses. O intervalo entre as ninhadas é de dois anos ou mais.
Somente 10% dos pandas em cativeiro conseguem cruzar naturalmente. Apenas 30% das fêmeas engravidam. Mais de 60% dos pandas cativos não demonstram qualquer desejo sexual.

Tubarão-baleia


O tubarão-baleia (Rhincodon typus) é a única espécie da família Rhincodontidae, vive em oceanos quentes e de clima tropical, além de ser a maior das espécies de tubarão e o maior peixe conhecido., podendo crescer até cerca de 20 m e pesar mais de 13 toneladas! É um animal de grande porte.
É uma espécie geralmente solitária, agrega-se de forma sazonal para alimentar-se em várias costas com alimentação abundante, como o recife de Ningaloo na Austrália, em Pemba, Útila, Honduras, Donsol, Filipinas e Zanzibar na costa do leste da África. Seu habitat fica restrito a aproximadamente 30° de latitude desses locais. Os machos convivem em distâncias maiores que as fêmeas, que normalmente tendem a permanecer em locais fixos.
A pele destes peixes é marcada como um “tabuleiro de xadrez” de pontos claros e listras amarelas. Estes pontos são específicos em cada indivíduo, de modo que podem ser usados para identificar cada animal e fazer uma contagem exacta da população.
Sua pele pode ter até 10 cm de espessura! O tubarão tem duas barbatanas dorsais. A cauda de um tubarão-baleia tem a parte superior maior do que a inferior, mas quando adulto a diferença diminui. Os espiráculos[1] do tubarão encontram-se justo atrás dos olhos.
O tubarão-baleia não é um nadador eficiente; o corpo inteiro está em movimento quando o animal nada. O resultado deste movimento, que é muito incomum para tubarões, é uma velocidade média ao redor de 5 quilômetros por hora.
O tubarão-baleia alimenta-se de plâncton, macro-algas, krill, pequenos polvos e outros invertebrados. As várias fileiras de dentes não actuam na alimentação, a água entra constantemente na boca e sai através dos arcos das brânquias. Qualquer material capturado é engolido. O tubarão pode fazer circular a água a uma taxa de até 1,7 l/s. Entretanto, também se alimenta de forma activa, explorando concentrações de plâncton ou pequenos peixes através do olfacto.
Quando se explica que a maioria dos tubarões não são perigosos para os humanos, esta espécie é geralmente usada como o exemplo principal. Mergulhadores podem nadar ao redor do gigantesco peixe sem problema algum.
Como ocorre com a maioria dos tubarões, os hábitos reprodutivos dos tubarões-baleia são obscuros. Baseando-se no estudo de um único ovo encontrado na costa do México em 1956, acreditava-se que eles fossem ovíparos, mas a captura de uma fêmea grávida em julho de 1996, contendo 300 filhotes de tubarão-baleia indica que eles são vivíparos com desenvolvimento ovovivíparo. Os ovos permanecem no corpo e as fêmeas dão luz a filhotes com 40 a 60 cm. Acredita-se que eles alcancem maturidade sexual por volta dos 30 anos e sua longevidade é estimada como sendo entre 60 e 130 anos!
Segundo a WWF, o menor exemplar vivo da espécie foi encontrado com apenas 38 centímetros. Sua pequena cauda ficou presa em cordas de amarras de navios em 10 de Março de 2009 na Baía de Sorsogon, Filipinas.


[1] É a denominação de um orifício respiratório que certos animais marinhos possuem, responsável pelo contato do ar ou da água com seu sistema respiratório interno.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lince-Ibérico


O lince-ibérico (Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares de cerval, lobo-cerval, gato-cerval, gato-cravo e gato-lince, é a espécie de felino mais gravemente ameaçada de extinção e um dos mamíferos mais ameaçados. Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à Península Ibérica. Apenas existem cerca de cem linces ibérico em liberdade em toda a Península Ibérica. O lince-ibérico existe apenas em Portugal e em Espanha e restrito a pequenos grupos dispersos.
A sua alimentação é constituída por coelhos, mas quando estes faltam come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. Para o seu habitat ele prefere lugares com características mediterrânicas, como bosques, matagais. Prefere o mato denso para refúgio e pastagens abertas para a caça. É um animal é nocturno ou seja caça à noite. Pode percorrer 7km por dia.
Os acasalamentos ocorrem entre Janeiro e Março. Após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias, sendo o mais comum nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2 ou até 1. Este é um dos motivos para o seu pequeno aumento populacional.
A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo das populações de coelhos (sua principal presa) devido à introdução da mixomatose (1).
Outras ameaças:
- Utilização de armadilhas para coelhos
- Atropelamentos
- Caça Ilegal

(1) É causada pelo vírus myxoma, originário de coelhos selvagens brasileiros. Foi detectada pela primeira vez no Uruguai no início do século XX, foi deliberadamente introduzida na Austrália numa tentativa de controlar a infestação de coelhos, trazidos da Europa no século XIX, na ilha.