quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tarântula


A tarântula ou caranguejeira é uma aranha da família Theraphosidae com características muito próprias como patas longas com duas garras na ponta, e corpo revestido de pelos. Habitam as regiões temperadas e tropicais das Américas, África, Ásia e Médio Oriente.
Ainda na fase de crescimento, ocorre a de troca de pele chamada ecdise. Apesar do tamanho e aspecto sinistro, não são perigosas para a espécie humana, uma vez que não produzem toxinas nocivas aos humanos, por isso são eventualmente criadas como animais de estimação. Uma das suas defesas são os pêlos urticantes das costas e abdômen, que irritam a pele do possível predador.
Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas estendidas, mas existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi) da América do Sul!
Apresentam um ciclo de vida longo, levando cerca de 2 a 5 anos para atingir a maturidade sexual. Os machos morrem normalmente após o acasalamento, alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se tornarem adultas, as tarântulas têm de comer diariamente, excepto no período de sua troca de pele, quando há um jejum de dez dias antes e de sete dias depois. Quando já são adultas conseguem passar longos períodos sem comer. Foram registados casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos!
São animais solitários e noctívagos. Alimentam-se de pequenos animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores ou anfíbios! Todas as espécies de tarântulas são canibais.
A maioria delas não se afasta de sua toca, nem mesmo para se alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. Normalmente é o macho que faz as viagens mais longas para encontrar as fêmeas.
As tocas são normalmente subterrâneas, geralmente aproveitadas de outras aranhas ou roedores. São forradas com sua teia formando uma seda, o que arrefece o esconderijo.
Existem espécies de tarântulas que também são arbóreas — não necessitam ir ao solo durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas árvores.
A maioria das espécies de aranhas não faz ecdise depois do estágio adulto, mas as tarântulas fêmeas fazem-o ao longo de toda vida. Dessa forma, elas conseguem regenerar membros perdidos ou danificados.
O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no acto sexual. Normalmente o macho foge logo após o acto, antes que a fêmea recubra seu apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam em cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar do tamanho de um limão. Os filhotes nascem já com um bom tamanho. Após o nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo na toca epouco de pois saem para explorar o novo mundo.

2 comentários:

Anónimo disse...

o ultimo post feito em Dezembro???então pequeno zoologo o que se passa???temos saudades de ver posts novos...para quando um novo???
Ah! adorei este da tarantula.

Critina Andrade - professora de Biologia - Porto

Marcos disse...

muito obrigado tenho uma e não sabia o tempo que leva pra nascer os filhotes.