domingo, 27 de setembro de 2009

Tucano


Tucano são aves da família Ramphastidae que vivem nas florestas da América Central e América do Sul.
Possuem um bico grande e oco. A parte superior é constituída por trabéculas de sustentação e a parte inferior é de natureza óssea. O bico embora comprido não é muito forte, já que é muito comprido e a alavanca (maxilar) não é suficiente para conferir tal qualidade. O sistema digestivo é extremamente curto, o que explica sua base alimentar, já que as frutas são facilmente digeridas e absorvidas. Além de serem frugívoros (comem fruta), necessitam de um certo nível proteico na dieta, o qual alcançam caçando alguns insectos, pequenas presas (como lagarto, perereca, etc) e até ovos de outras aves. Possuem pés zigodáctilos (dois dedos direccionados para frente e dois para trás), típicos de animais que trepam em árvores.
São monogâmicos territorialistas (vivem e reproduzem-se em casal isolado). Não há dimorfismo sexual e a sexagem pode ser feita por análise de seu DNA. A fêmea e o macho trabalham no ninho, que é construído em ocos de árvores. A fêmea choca e o macho alimenta-a. Fazem postura de 3 a 4 ovos, cujo período de incubação é de 18, dias as crias abandonam o ninho com apenas algumas semanas.
Não são aves migratórias.
O tucano de bico preto e o tucano de bico vermelho têm uma aproximação diferente. Para conquistarem as suas amadas, oferecem-lhes pequenas porções de alimentos.
O ritual de acasalamento é diferente de espécie para espécie.Por exemplo, o tucano de peito branco cuida da sua plumagem e da da fêmea que pretende cortejar. Mas também pode fazer "duelos" de bicos com ela. Dependendo da espécie a que pertencem, os tucanos podem viver solitários, em casais, ou em bandos que podem ter dez indivíduos.
O maior de todos os tucanos é o tucano de peito branco. Esta espécie mede entre 55 e 61 centímetros de comprimento. Para terem uma ideia, é mais do que mede um bebé recém-nascido!
Este é um animal interessante não só pelas suas cores, maneiras de comer, diferentes rituais de acasalamento, mas também pelo seu longo bico.

sábado, 19 de setembro de 2009

Ornitorrinco


O Ornitorrinco (nome científico: Ornithorhynchus anatinus, do grego: ornitho, ave + rhynchus, bico; e do latim: anati, pato + inus, semelhante a: "com bico de ave, semelhante a pato") é um mamífero semi-aquático natural da Austrália e Tasmânia. É o único representante vivo da família Ornithorhynchidae, e a única espécie do género Ornithorhynchus. Juntamente com as équidnas, formam o grupo dos monografados, os únicos mamíferos ovíparos existentes.
Possui hábito crepuscular e/ou nocturno, é carnívoro, alimenta-se de insectos, vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é directamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Esporões venenosos nas patas estão presentes nos machos e são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores.
As características típicas fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% dos seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferas já sequenciadas, como o cachorro, a ratazana
Precisa comer 20% do seu peso todos os dias, o que faz com que gaste 12 horas por dia procurando comida. Em cativeiro, chega a comer metade do seu peso em um único dia, um macho pesando 1.5 quilogramas pode ingerir 45 gramas de minhocas, 20-30 lagostins, 200 larvas de tenébrios, dois sapos pequenos, e dois ovos cozidos.

Sobre a longevidade, ornitorrincos selvagens já foram recapturados com onze anos e, em cativeiro, a espécie vive até dezassete anos. A taxa de mortalidade, em adultos, na natureza é aparentemente baixa. Os predadores naturais incluem aves de rapina, serpentes, além de cães, gatos, raposas-vermelhas e o homem. A introdução da raposa-vermelha como predadora do coelho pode ter tido um impacto na população de ornitorrincos na Austrália. Um baixo número de ornitorrincos na região norte de Queensland talvez seja devido pela presença do crocodilo-poroso (Crocodylus porosus).
São animais semi-aquáticos e primariamente nocturnos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Informação

Amanhã começo as aulas, como devem compreender vou iniciar um ciclo bastante trabalhoso o que me vai impedir de colocar posts diários, no entanto irei fazer todos os possíveis postar um por semana.
Agradeço a vossa compreensão.
Pequeno zoólogo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O hamster


Hamster ou Criceto é uma designação comum a diversos pequenos mamíferos roedores, da sub-família Cricetinae, encontrados na África e Ásia, dotados de grande bolsa facial e de cauda muito curta.
É também o nome vulgar de um roedor nativo da Síria (Mesocricetus auratus), encontrado no mundo todo como animal de estimação ou como cobaia.
Possuí grandes dentes incisivos que estão em constante crescimento, necessitam de estar sempre a roer para evitar que cresçam demais.
O tempo de vida médio é de dois anos, contudo alguns podem viver até três ou quatro anos, dependendo da espécie.
Existem diferentes espécies espalhados por todo o mundo e muitos deles habitam regiões semi-desertas onde vivem em tocas, formadas por vários túneis e câmaras que são utilizadas para armazenar comida ou dormir. São animais nocturnos, que dormem durante o dia quente e ficam acordados à noite quando está mais frio. Vêem muito mal, mas têm o olfacto apurado e uma excelente audição.
Muitas espécies têm as bochechas dilatáveis, isto é, bochechas que aumentam de tamanho, onde eles carregam comida e forragem para ser guardada em sua toca.
A palavra hamster tem sua origem na palavra alemã "hamstern" que significa "acumular" ou "armazenar", uma referência às suas bochechas.
Actualmente os hamsters são um dos mais animais de estimação mais populares em diversos países por serem dóceis e carinhosos.
As principais espécies que são criadas como animais domésticos são o Anão Russo e o Sírio. A primeira espécie apresenta o corpo peludo que traz alergia, e a pelagem de listras pretas e brancas. O Sírio tem corpo alongado e a pelagem de cores variadas, branco, preto ou amarelo (castanho claro).
Podemos dividir as espécies em selvagens e domesticáveis, de acordo com a possibilidade ou não da criação em cativeiro. Segundo este critério, temos:
Selvagens:
Cricetus cricetus - Hamster do Campo Europeu
Mesocricetus newtoni - Hamster Romeno
Mesocricetus brandti - Hamster Turco
Mesocricetus raddei - Hamster Ciscaucasiano
Cricetulus alticola - Hamster Ladak
Cricetulus barabensis - Hamster Listrado Chinês
Cricetulus curtatus - Hamster Mongol
Cricetulus eversmanni - Hamster de Eversmann
Cricetulus griseus - Hamster chinês
Cricetulus kamensis - Hamster Tibetano
Cricetulus longicaudatus - Hamster de Cauda Longa (menor)
Cricetulus migratorius - Hamster Armeno
Cricetulus triton
Cricetulus obscurus
Cricetulus pseudogriseus - Hamster de Cauda Longa (maior)
Domesticáveis:

Mesocricetus auratus - Hamster Sírio (A espécie mais comum, em cativeiro)
Phodopus campbelli - Hamster Anão Russo Campbell
Phodopus sungorus - Hamster Anão Russo Winter-White - também chamado de Hamster Djungariano ou Siberiano (branco invernal).
Cricetulus griseus - Hamster Chinês
Phodopus roborovskii - Hamster Roborovski
Outras espécies
O Hamster Camundongo, das espécies Calomyscus bailwardi, Calomyscus baluchi, Calomyscus mystax e Calomyscus urartensis também são consideradas espécies selvagens do Hamster.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Leão


O leão (Panthera leo) é um grande felino, originalmente encontrado na Europa, Ásia e África. Possuem coloração variável, entre o amarelo-claro e o marrom-escuro, com as partes inferiores do corpo mais claras, ponta da cauda com um tufo de pêlos negros (que encobrem um esporão córneo, para espantar moscas) e machos com uma longa juba. Há ainda uma raridade genética de leões brancos, que, apesar de sua linda aparência, apresentam dificuldades de sobrevivência por se destacarem nas savanas ou selvas, tendo imensas dificuldades de caça. São exclusivos da reserva de Timbavati.
Um grupo de leões pode abater um elefante que esteja só! Também é frequente o confronto com hienas, estando em bandos ou não, por disputa de território e carcaças.
É apelidado de o "rei dos animais" por se encontrar no topo da cadeia alimentar, mas são os animais mais sociáveis do mundo: um grupo pode possuir até quarenta indivíduos, composto na maioria por fêmeas.
O macho é facilmente reconhecido pela sua juba. No entanto, existe em Angola uma subespécie quase extinta, em que nenhum dos indivíduos possui juba. O seu peso varia entre as subespécies, num intervalo de 150 kg a 250 kg, raramente ultrapassando esse peso na natureza. As fêmeas são menores, pesando entre 120 kg e 185 kg. São dos maiores felinos vivos, menores apenas do que os tigres-siberianos e tigres-de-bengala: os machos medem entre 260 e 330 cm, e as fêmeas, entre 240 e 270 cm. Podem correr numa velocidade aproximada de 50 km/h, mas somente em pequenas distâncias.
Quando filhotes, machos e fêmeas têm a mesma aparência; no decorrer do crescimento, os machos adquirem as jubas. Chegando à maturidade sexual, os machos novos optam por viver sozinhos ou disputar a liderança do grupo.
Vivem em bandos de 5 a 40 indivíduos, sendo os únicos felinos de hábitos gregários. No bando, há divisão de tarefas: as fêmeas são encarregadas da caça e do cuidado dos filhotes, enquanto o macho é responsável pela demarcação do território e pela defesa do grupo de animais maiores ou mais numerosos (como eventuais ataques de hienas, búfalos e elefantes).
São caçadores exímios de grandes herbívoros, como a zebra e o gnu, mas sabe-se que comem quase todos os animais terrestres africanos que pesem poucos quilogramas. Como todos os
felinos, têm excelente aceleração, mas pouco vigor. Por isso, usam tácticas de emboscada e de acção em grupo para capturar suas presas. Muitos leões desencadeiam o ataque a 30 metros de distância da presa. Mesmo assim, muitos animais ainda conseguem escapar. Para sobreviver, um leão necessita ingerir, diariamente, cerca de 5 quilos de carne, no mínimo, mas caso tenha a oportunidade, consegue comer até 30 quilos de carne numa só refeição
. Isto acontece porque nem sempre são bem sucedidos, e sempre que o são, aproveitam toda a carne disponível para não precisarem voltar a caçar tão cedo.
Apesar de as
fêmeas efectuarem a maior parte da caça, os machos são igualmente capazes. Dois factores os impedem de caçar tantas vezes quanto as fêmeas: o principal é o seu tamanho, que os tornam muito fortes, porém menos ágeis e maiores gastadores de energia
; outro factor, de menor relevância, é sua juba, que sobreaquece os seus corpos, deixando-os mais rapidamente exaustos.
As fêmeas são sociais e caçam de forma cooperativa, enquanto os machos são solitários e gastam boa parte de sua energia patrulhando um extenso território. É sabido que tanto machos como fêmeas passam de 16 a 20
horas diárias em repouso, num regime de economia
de energias, uma vez que seu índice de sucesso em caças é de apenas 30%.
As fêmeas precisam de um tempo extra para caçar, porque os machos não cuidam dos filhotes. As leoas formam bandos de dois a dezoito animais da mesma família, o que as caracteriza como o único felino realmente social. Apesar de a caça em grupo ser mais eficiente do que a caça individual, sua eficácia não é tão compensadora, já que, em grupo, é preciso obter mais alimento para nutrir a todos. É mais provável que a socialização das fêmeas vise a proteger os filhotes contra os mach
os.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O ouriço-cacheiro


Erinaceidae é uma família de mamíferos insectívoros da ordem Erinaceomorpha. Estes animais possuem o dorso coberto por espinhos curtos e lisos, e as partes inferiores por pêlos. São denominados de ouriços.
Há no mundo 16 espécies de ouriços divididas em cinco géneros, encontrados em vários locais da Europa, Ásia, África e Nova Zelândia. Não há espécies nativas na Austrália nem na América do Norte ou do Sul, e os encontrados na Nova Zelândia foram introduzidos. São mamíferos insectívoros que mudaram pouco nos últimos 15 milhões de anos e que se adaptaram à vida nocturna.
São animais principalmente nocturnos, que se alimentam de insectos, caracóis, lesmas e vegetais. Os seus predadores principais são as corujas e os furões.
A camuflagem do ouriço é a sua coloração e quando ameaçado enrola-se numa bola expondo apenas a face coberta de espinhos.
A comunidade científica faz diferença entre o ouriço e o porco-espinho (Hystrix cristata), que é um roedor. No entanto, em Portugal e na Galiza, o ouriço-terrestre (Erinaceus europaeus) recebe indistintamente os nomes de porco-espinho, ouriço, ouriço-cacho, ouriço-cacheiro ou rescacheiro, posto que o habitat do Hystrix cristata na Europa se limita ao sul da península italiana (Sicília e Nápoles), onde foram introduzidos pelos romanos a partir da África.
Uma diferença importante entre estas duas espécies é que os espinhos do ouriço, ao contrário dos do porco-espinho, não se soltam naturalmente, nem são venenosos.
Graças à sua dieta, os ouriços são importantes no controle de pragas, já que são capazes de comer várias vezes o seu próprio peso em insectos e anelídeos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O gorila

Os gorilas são mamíferos primatas pertencentes ao género Gorilla, endémicos das florestas tropicais do centro da África. O fato de compartilharem 98%-99% do DNA com os seres humanos faz dos gorilas o parente vivo mais próximo, logo depois dos chimpanzés e são considerados altamente inteligentes. É o maior primata que existe actualmente.
Vivem em florestas tropicais ou sub-tropicais, apesar da sua área de distribuição abranger apenas uma pequena percentagem de África, existem numa grande variedade de altitudes:
· os gorilas-de-montanha (Gorilla beringei beringei) habitam as florestas montanhosas do Albertine Rift, existendo entre os 2.225 até aos 4.267 m.
· Os gorilas-do-ocidente moram em florestas densas e pântanos das terras baixas e marisma até ao nível do mar.
O médico e missionário estadunidense
Thomas S. Savage descreveu o gorila-do-ocidente pela primeira vez (na altura como o nome Troglodytes gorilla) em 1847 a partir de espécimes obtidos em Libéria.
O nome deriva da palavra grega tranliterada Gorillai (uma "tribo de mulheres peludas") descrita por Hannon, o Navegador, um navegador cartaginês e possível visitante (cerca de 480 a.C.) à área da actual Serra Leoa. Na sua viagem, Hannon encontrou o que considerou serem pessoas selvagens e peludas numa ilha da costa ocidental africana. Três fêmeas foram capturadas e as suas peles levadas para Cartagena.
Os maiores primatas da humanidade medem entre 1,65 e 2 metros de altura, e pesam entre 170 e 250 kg (os machos) e as fêmeas a metade do peso dos machos.
São capazes de levantar até 2 toneladas com os dois membros anteriores.
Geralmente deslocam-se em quatro patas. As suas extremidades anteriores são mais longas que as posteriores e semelhantes a braços, ainda são utilizadas também como ponto de apoio ao caminhar.
A estrutura facial do gorila é denominada de "mandíbula protuberante", já que ela é muito maior que o maxilar.
A gestação dura oito meses e meio e normalmente a próxima gestação só ocorre três ou quatro anos depois o nascimento e durante este tempo os filhotes convivem com a mãe. A maturidade sexual é atingida entre 10 e 12 anos pelas fêmeas e entre 11 e 13 anos pelos machos, podendo ser modificados estes anos com a vivência nos cativeiros.
A esperança de vida oscila entre os trinta e cinquenta anos, o recorde nesta categoria está com um gorila dum zoológico da Filadélfia que morreu aos 54 anos.
A sua alimentação é, em grande parte, herbívora, uma vez que alimentam-se de frutas, folhas, brotos, mas também os insectos compõem menos de 2% do seu cardápio.
Todos os gorilas compartilham o mesmo tipo sanguíneo, o tipo B.
Ameaças à sobrevivência dos gorilas:
· Destruição do habitat;
· Mercado de carne de caça.
· Em 2004, uma população de algumas centenas de gorilas no Odzala National Park, na República do Congo foi essencialmente devastada pelo vírus ébola. Em Agosto de 2008, um estudo da Wildlife Conservation Society, anunciou a existência de uma população previamente desconhecida nas florestas do Congo, o que duplicou o número de gorilas conhecidos na natureza para cerca de 125.000!
São conhecidos por usarem ferramentas na natureza. Uma gorila fêmea do Nouabalé-Ndoki National Park na República do Congo foi gravada a usar um pau para determinar a profundidade da água enquanto atravessava um pântano. Uma segunda fêmea foi vista a usar um troco de árvore como uma ponte e também para a suportar enquanto pescava no pântano. Isto que dizer que todos os hominídeos são agora conhecidos por usar ferramentas.

Um gorila com dois anos e meio foi descoberto a usar pedras para abrir frutos de palmeira dentro de um santuário de caça. Enquanto que esta foi a primeira observação do género para um gorila, há quarenta anos atrás os chimpanzés já tinham sido observados a usar ferramentas na natureza, a 'pescar' térmitas. Os hominídeos não-humanos são dotados de um "agarrar" semi-preciso, e são capazes de usar quer ferramentas simples como até armas, improvisando um taco a partir de um ramo caído.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Zebra

As zebras são animais mamíferos, membros da mesma família dos cavalos, os equídeos, nativos da África central e do sul. A pelagem deste animal consiste num conjunto de listras contrastantes de cor, alternadamente, marrom-escura e branca, dispostas na vertical, exceptuando nas patas, onde se encontram na horizontal. Os contrastes de cor podem parecer iguais mas não são, servem para se identificarem entre elas.
Apenas atacam quando sentem necessidade de se defenderem. São as presas preferidas dos leões o que as leva a fugirem, utilizando na fuga coices que são tão fortes que podem mesmo quebrar a mandíbula dos felinos.
Habitam nas savanas africanas e encontram-se distribuídas por famílias: macho, fêmeas e filhotes. Estes animais, por serem atacados habitualmente por leões, podem se tornar animais extremamente velozes, utilizam a fuga e coices tão fortes que podem quebrar até a mandíbula de um felino.
As suas listas vão escurecendo com a idade. Embora pareçam todos iguais não o são todos iguais:
As zebras-de-grevy têm origem de animais diferentes (de outro subgênero) daqueles que originaram as zebras-das-planícies e as zebras-das-montanhas.
Não se encontram à beira da extinção, embora a zebra-das-montanhas esteja ameaçada. A subespécie de zebra-das-planícies conhecida como cuaga (do inglês quagga, que designa o som que o animal produzia cuahaa), Equus quagga quagga, estava extinta, mas projectos de cruzamento entre zebras com coloração.
Muitas vezes têm de ir para outro pasto para ter erva fresca e têm de passar por rios repletos de crocodilo, e por cada passagem morrem pelo menos uma zebra, elas dividem-se em grande manadas.

domingo, 6 de setembro de 2009

Cavalo-Marinho


O Cavalo-marinho (Hippocampus) é uma espécie de peixe muito curiosa, no mínimo, exótica. Todos, algum dia, já pararam em frente a um aquário para admirar este peixe. Ele faz um grande sucesso, não só pela sua aparência, mas também pela maneira como nada.Tem o corpo coberto por placas dérmicas que servem de protecção contra os inimigos. Para se manter na posição vertical, utiliza a barbatana dorsal como único meio de propulsão.Tem uma capacidade natatória bastante limitada por isso vive em águas calmas e abrigadas, como estuários, onde existem algas e plantas marinhas. Neste ambiente, o cavalo-marinho pode se enrolar mantendo-se imóvel.Podem ser colocados em pequenos aquários com corais ou objectos em que eles se possam prender. Os pequenos peixes são bons companheiros.Alimenta-se de pequenos moluscos, vermes, crustáceos e plâncton que são sugados através do seu focinho tubular. Em aquário alimenta-se de artêmia, salina e dáfnias. Apenas come alimentos que se mexam uma vez que não tem costume de ir procurar alimentos comendo apenas o que passar por ele.Quanto à sua reprodução, há um aspecto interessante: os ovos são depositados numa bolsa ventral do macho. Após uma parada nupcial, a fêmea deposita os ovos nesta bolsa para então serem incubados, nascendo os juvenis completamente formados, já muito semelhantes aos adultos, porém quando nascem são transparentes, têm de vir logo ao de cima para buscar ar para se poderem equilibrar.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Panda-gigante


O panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) é um mamífero dotado de racionalidade da família dos ursídeos, endêmico da República Popular da China. Apresenta focinho curto lembrando um urso de peluche, com pelagem preta e branca e de jeito pacífico e bonachão o que o torna um dos animais mais queridos pela humanidade. Extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a não ser quando está extremamente irritado. Da xiong mao (大熊猫), o nome em chinês, significa grande urso-gato. Pode ser chamado também de huaxiong (urso de faixa), maoxiong (urso felino) ou xiongmao (gato ursino). O nome em latim Ailuropoda melanoleuca quer dizer pé de gato preto e branco. A palavra panda significa algo como "comedor de bambu".
Também conhecido por urso-panda, é um mamífero da ordem Carnívora, família Ursidae e nativo da China central que tem como seu parente mais próximo, o urso-de-óculos, da América do Sul.
Os pandas habitam as florestas temperadas montanhosas com densos bambuzais, principalmente do género Sinarundinaria, entre altitudes de 1.200 a 4.100 metros acima do nível do mar.
São animais normalmente solitários, mais activos durante o pôr e o nascer do sol, passam o resto do tempo a dormir em bosques de bambu. O seu território é marcado com uma combinação de odores da glândula anal, urina e marcas com as garras. Evitam conflitos não usando áreas compartilhadas do território durante o mesmo período.
Apesar de pertencer à ordem dos Carnívoros, é um animal herbívoro, alimentando-se quase que exclusivamente de cerca de 30 espécies de bambu (99% de sua dieta). Sabe-se que o panda também utiliza insectos e ovos como fonte de proteína. O seu sistema digestivo não é plenamente adaptado a quebrar as moléculas de celulose, contidas no bambu, o que o leva a consumir cerca de 40 kg de bambu por até 14 horas. Tem dentes e mandíbulas extremamente fortes, adaptados para triturar os colmos do bambu. Embora o bambu seja rico em água (40% de seu peso, chegando a 90% no caso de brotos), bebe frequentemente água de riachos ou neve derretida.
A época de reprodução dá-se na Primavera, quando os machos competem pela fêmea fértil. A gestação é em média de 135 dias. Normalmente nascem um ou dois filhotes, mas devido à natureza frágil e delicada dos ursinhos, a mãe-panda opta por criar um único filhote. O filhote rejeitado é abandonado à morte. O desmame dá-se com um ano de idade, uma vez que começa a ser capaz de ingerir bambu em pequenas quantidades logo a partir dos seis meses. O intervalo entre as ninhadas é de dois anos ou mais.
Somente 10% dos pandas em cativeiro conseguem cruzar naturalmente. Apenas 30% das fêmeas engravidam. Mais de 60% dos pandas cativos não demonstram qualquer desejo sexual.

Tubarão-baleia


O tubarão-baleia (Rhincodon typus) é a única espécie da família Rhincodontidae, vive em oceanos quentes e de clima tropical, além de ser a maior das espécies de tubarão e o maior peixe conhecido., podendo crescer até cerca de 20 m e pesar mais de 13 toneladas! É um animal de grande porte.
É uma espécie geralmente solitária, agrega-se de forma sazonal para alimentar-se em várias costas com alimentação abundante, como o recife de Ningaloo na Austrália, em Pemba, Útila, Honduras, Donsol, Filipinas e Zanzibar na costa do leste da África. Seu habitat fica restrito a aproximadamente 30° de latitude desses locais. Os machos convivem em distâncias maiores que as fêmeas, que normalmente tendem a permanecer em locais fixos.
A pele destes peixes é marcada como um “tabuleiro de xadrez” de pontos claros e listras amarelas. Estes pontos são específicos em cada indivíduo, de modo que podem ser usados para identificar cada animal e fazer uma contagem exacta da população.
Sua pele pode ter até 10 cm de espessura! O tubarão tem duas barbatanas dorsais. A cauda de um tubarão-baleia tem a parte superior maior do que a inferior, mas quando adulto a diferença diminui. Os espiráculos[1] do tubarão encontram-se justo atrás dos olhos.
O tubarão-baleia não é um nadador eficiente; o corpo inteiro está em movimento quando o animal nada. O resultado deste movimento, que é muito incomum para tubarões, é uma velocidade média ao redor de 5 quilômetros por hora.
O tubarão-baleia alimenta-se de plâncton, macro-algas, krill, pequenos polvos e outros invertebrados. As várias fileiras de dentes não actuam na alimentação, a água entra constantemente na boca e sai através dos arcos das brânquias. Qualquer material capturado é engolido. O tubarão pode fazer circular a água a uma taxa de até 1,7 l/s. Entretanto, também se alimenta de forma activa, explorando concentrações de plâncton ou pequenos peixes através do olfacto.
Quando se explica que a maioria dos tubarões não são perigosos para os humanos, esta espécie é geralmente usada como o exemplo principal. Mergulhadores podem nadar ao redor do gigantesco peixe sem problema algum.
Como ocorre com a maioria dos tubarões, os hábitos reprodutivos dos tubarões-baleia são obscuros. Baseando-se no estudo de um único ovo encontrado na costa do México em 1956, acreditava-se que eles fossem ovíparos, mas a captura de uma fêmea grávida em julho de 1996, contendo 300 filhotes de tubarão-baleia indica que eles são vivíparos com desenvolvimento ovovivíparo. Os ovos permanecem no corpo e as fêmeas dão luz a filhotes com 40 a 60 cm. Acredita-se que eles alcancem maturidade sexual por volta dos 30 anos e sua longevidade é estimada como sendo entre 60 e 130 anos!
Segundo a WWF, o menor exemplar vivo da espécie foi encontrado com apenas 38 centímetros. Sua pequena cauda ficou presa em cordas de amarras de navios em 10 de Março de 2009 na Baía de Sorsogon, Filipinas.


[1] É a denominação de um orifício respiratório que certos animais marinhos possuem, responsável pelo contato do ar ou da água com seu sistema respiratório interno.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lince-Ibérico


O lince-ibérico (Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares de cerval, lobo-cerval, gato-cerval, gato-cravo e gato-lince, é a espécie de felino mais gravemente ameaçada de extinção e um dos mamíferos mais ameaçados. Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à Península Ibérica. Apenas existem cerca de cem linces ibérico em liberdade em toda a Península Ibérica. O lince-ibérico existe apenas em Portugal e em Espanha e restrito a pequenos grupos dispersos.
A sua alimentação é constituída por coelhos, mas quando estes faltam come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. Para o seu habitat ele prefere lugares com características mediterrânicas, como bosques, matagais. Prefere o mato denso para refúgio e pastagens abertas para a caça. É um animal é nocturno ou seja caça à noite. Pode percorrer 7km por dia.
Os acasalamentos ocorrem entre Janeiro e Março. Após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias, sendo o mais comum nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2 ou até 1. Este é um dos motivos para o seu pequeno aumento populacional.
A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo das populações de coelhos (sua principal presa) devido à introdução da mixomatose (1).
Outras ameaças:
- Utilização de armadilhas para coelhos
- Atropelamentos
- Caça Ilegal

(1) É causada pelo vírus myxoma, originário de coelhos selvagens brasileiros. Foi detectada pela primeira vez no Uruguai no início do século XX, foi deliberadamente introduzida na Austrália numa tentativa de controlar a infestação de coelhos, trazidos da Europa no século XIX, na ilha.