sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tubarão-baleia


O tubarão-baleia (Rhincodon typus) é a única espécie da família Rhincodontidae, vive em oceanos quentes e de clima tropical, além de ser a maior das espécies de tubarão e o maior peixe conhecido., podendo crescer até cerca de 20 m e pesar mais de 13 toneladas! É um animal de grande porte.
É uma espécie geralmente solitária, agrega-se de forma sazonal para alimentar-se em várias costas com alimentação abundante, como o recife de Ningaloo na Austrália, em Pemba, Útila, Honduras, Donsol, Filipinas e Zanzibar na costa do leste da África. Seu habitat fica restrito a aproximadamente 30° de latitude desses locais. Os machos convivem em distâncias maiores que as fêmeas, que normalmente tendem a permanecer em locais fixos.
A pele destes peixes é marcada como um “tabuleiro de xadrez” de pontos claros e listras amarelas. Estes pontos são específicos em cada indivíduo, de modo que podem ser usados para identificar cada animal e fazer uma contagem exacta da população.
Sua pele pode ter até 10 cm de espessura! O tubarão tem duas barbatanas dorsais. A cauda de um tubarão-baleia tem a parte superior maior do que a inferior, mas quando adulto a diferença diminui. Os espiráculos[1] do tubarão encontram-se justo atrás dos olhos.
O tubarão-baleia não é um nadador eficiente; o corpo inteiro está em movimento quando o animal nada. O resultado deste movimento, que é muito incomum para tubarões, é uma velocidade média ao redor de 5 quilômetros por hora.
O tubarão-baleia alimenta-se de plâncton, macro-algas, krill, pequenos polvos e outros invertebrados. As várias fileiras de dentes não actuam na alimentação, a água entra constantemente na boca e sai através dos arcos das brânquias. Qualquer material capturado é engolido. O tubarão pode fazer circular a água a uma taxa de até 1,7 l/s. Entretanto, também se alimenta de forma activa, explorando concentrações de plâncton ou pequenos peixes através do olfacto.
Quando se explica que a maioria dos tubarões não são perigosos para os humanos, esta espécie é geralmente usada como o exemplo principal. Mergulhadores podem nadar ao redor do gigantesco peixe sem problema algum.
Como ocorre com a maioria dos tubarões, os hábitos reprodutivos dos tubarões-baleia são obscuros. Baseando-se no estudo de um único ovo encontrado na costa do México em 1956, acreditava-se que eles fossem ovíparos, mas a captura de uma fêmea grávida em julho de 1996, contendo 300 filhotes de tubarão-baleia indica que eles são vivíparos com desenvolvimento ovovivíparo. Os ovos permanecem no corpo e as fêmeas dão luz a filhotes com 40 a 60 cm. Acredita-se que eles alcancem maturidade sexual por volta dos 30 anos e sua longevidade é estimada como sendo entre 60 e 130 anos!
Segundo a WWF, o menor exemplar vivo da espécie foi encontrado com apenas 38 centímetros. Sua pequena cauda ficou presa em cordas de amarras de navios em 10 de Março de 2009 na Baía de Sorsogon, Filipinas.


[1] É a denominação de um orifício respiratório que certos animais marinhos possuem, responsável pelo contato do ar ou da água com seu sistema respiratório interno.

4 comentários:

ArteFacto disse...

Parabéns pela inicativa que nos deixa muito orgulhosos...estamos uns pais babados. Força!Continua! Boas pesquisas. Muitos beijinhos

Anónimo disse...

Parabéns pelo seu blogue: é bom perceber que ainda existem pessoas interessadas em proteger e falar sobre animais.

Manuel Afonso - Cascais

Anónimo disse...

Adoro tudo o que se refura a tubarões. Achei a sua Notícia muito interessante. Parabéns

Manuel Andrade Couto

Pequeno Zoólogo disse...

Obrigado a todos.Epero que gostem do meu trabalho.Voltem mais vezes.Vou tentar publicar um novo post todos os dias.

Pequeno Zoólogo